Cai, cai, balão

22 jun • NotasNenhum comentário em Cai, cai, balão

Tudo que sobe cai, já dizia o fleugmático (e baixinho)  Zé da Urtiga cada vez que aparecia um grandalhão ao seu lado. O interesse pela CPI da Covid – ou do Bolsonaro – caiu 59% nas buscas do Google. O pico foi na segunda semana de maio. Suas excelências, como previsto, sacaram dos mesmos revólveres de seis balas achando que era pente de pistola Glock de 17 tiros.

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O que vão inventar para manter acesa a chama, só Deus sabe. Esse tipo de repeteco forçado vejo, ouço e leio há muito tempo. É como comer quindim. Um, dois, três é bom. Mas depois de meia dúzia ninguém mais aguenta. Ah, o milagre das novidades repetidas!

Nem milhões, nem anões

O espaçamento entre os manifestantes dos protestos contra o governo Bolsonaro impede que se utilize a formula clássica de calcular o número de pessoas participantes, o clássico por metro quadrado. Em cidades como Porto Alegre precisaram se amontoar para fazer volume, ao contrário da avenida Paulista.

Uma coisa é certa. Não se viu ninguém cantar vitória. Nem o lado A nem o lado B. Uns porque achavam que iam estourar a boca do  balão, outros por que calculavam que seria fracasso total. Até mesmo os jornais antiBolsonaro, antes ou depois do cortes dos anúncios de estatais e outras publicidades legais do governo, não deram o destaque que imaginavam na sexta ser capa de segunda.

Conversa ao pé do ouvido

Tenho observado algo interessante nas assessorias de imprensa que pedem espaço para clientes na página 3 do JC. Já é é comum que elas não achem a publicação enviada, inclusive com foto. Digo e repito que já saiu, mas os e as jornalistas olham na versão web ou impressa e continuam não vendo. Preciso mandar o link para que eles e elas a achem mandando hehehes e rsrs nervosos.

Intrigante

Não faz parte do  eu contrato fazer clipping, ora bolas. Mas  o intrigante é como pode alguém olhar para a tela e não identificar seu filhote? Sei que as gentes estão ficando cada vez mais desatentas, mas isso aconteceria no impresso, nesta proporção?

Então como nos filmes do Indiana Jones em que os bruxos levantam seus cajados, ergo o meu para bradar que a tela tem informação demais e os olhos cansam rápido. É por aí.

Poucos casos, dirão vocês. Desculpa, em 25 anos como colunista isso aconteceu duas ou três vezes, mas com o advento da internet é frequente.

Deu no jornal

Motoristas profissionais têm 10 dias para fazer exame toxicológico sob pena de apreensão da CNH e multas. Eu queria era ver exame toxicológicos nas festas, raves e outras atividades.

Efeito congelamento

A sempre competente MetSul alerta que, no final do mês, vem uma massa de ar polar de tal intensidade que refletirá até na temperatura da Região Norte. Jesus!

Há anos eu estava a bordo do Princesa do Pantanal subindo o Rio Paraguai quando deu uma viração. Foi de madrugada. Em questão de 30 segundos, a temperatura caiu de 30 graus para 10 graus Celsius. Assim, num upa. E eu de camisa. Quase deu para ligar a  calefação.

Caracará, a junção

O comandante do barco contou que não era comum, mas acontecia. Tinha a ver com ventos dos Andes – a Bolívia não é distante – com ajuda de Serra do Caracará com seus altos picos. De alguma forma, a temperatura despenca por dias e até semanas.

Foi ontem

Consequência do Efeito Estufa. Aprendi ao longo dos anos que estufa+chuvas são os estágios anteriores para nova idade glacial – que é cíclica – no longo prazo. A última foi há 10 mil anos. Em termos de Terra, ontem.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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