Cachorro do Rosário
Morreu, sábado, Osmar Ferreira Lebres, 83 anos, criador do cachorro Quente do Rosário, ao lado do colégio marista de mesmo nome. No obituário. fala-se que ele começou em 1962, mas com todo o respeito ao morto, há um engano aí.
Estudei no Rosário em 1960, e a carrocinha estava lá. Eram dois a atender a enorme demanda, gerada pelos breves recreios. Eu era fã do lanche. Ao contrário dos vendidos hoje, alguns verdadeiros atentados, era simples e gostoso: pão d’água, salsicha ou linguiça, molho bem simples, mostarda e deu.
Até onde eu sei, o único que serve o modelo simples e sincero de qualidade é a Confeitaria Princesa, na subida da Rua da Praia, mas com outro pão em vez do cacetinho.
Podem usar um zilhão de receitas, mas se a salsicha não for de boa qualidade, nada feito. O pior é que temos poucas marcas com este perfil aqui, ao contrário de São Paulo, que tem uma salsicharia em casa esquina.
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