Bom para quem?

20 dez • NotasNenhum comentário em Bom para quem?

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Desejar Feliz Natal meses tempos de glória negativa só é bem recebido por indivíduos que não se podem queixar da vida ou que estão na mais absoluta ignorância quanto ao porvir. Significa ser igual aos três macaquinhos que não ouvem, não enxergam, nem falam. Talvez nem mesmo um monge trapista seja capaz dessa façanha. Impossível não ser emprenhado pelos ouvidos com essa gritaria toda da mídia com os altos falantes da internet e redes sociais.

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Eu os invejo, os macaquinhos, aqui entendidos como os seres humanos cujos ouvidos nunca sentiram gravetos enfiados nos mesmos. São seres como anjinhos de procissão, incapazes de absorver a maldade humana. Em compensação, para seres com antenas é um tormento.

A roda que não roda

Muito bem, que venham Natal e Ano Novo, que a rigor é uma ficção no tempo, regida por números e letras significado nada desde que não sejam observados. Para nós brasileiros de ano 2021, tanto o Natal quanto o Ano Novo são momentos de preocupação e angústia. Tirando as exceções, ninguém está bem. Quando parece que vai, não vai.

https://cnabrasil.org.br/senar

No entanto…

No entanto é preciso viver e, pelo menos, tentar rir. Não fosse o riso, em suas várias formas, a vida seria insuportável. Somos marcados pelo riso. Quando nascemos, aos poucos, o choro – totalmente explicável – se transforma em riso. O que fazem nossos pais quando nos enxergam ao vivo e a cores? Sorriem, alegres com aquele que nasceu. A vida nada mais é que uma constante retirada de risos e sorrisos dos nossos rostos.

Alguém já se deu conta que a necessidade de rir é uma questão de segurança nacional?

Máquina do tempo

Quando lembro das redações de décadas passadas que escreviam os tempos e contratempos do nosso querido Brasil, dou-me conta da ausência de três simples palavras que hoje só faltam aparecerem no horóscopo diário: Supremo Tribunal Federal. Vez que outra o STF aparecia para resolver um grande e grave problema constitucional, e como tal era respeitosamente tratado e obedecido.

Efeito Renan

Hoje é como pão em padaria. Mas nem respeitado e obedecido. Se alguém arrostá-lo, ele fica estarrecido, mas como ousas? Olhem o que disse Renan Calheiros, em outras palavras, ao receber uma intimação da Corte: “Não vou, não obedeço e estou pouco me lixando”. Ficou por isso mesmo.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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