As três conversas

20 jan • Sem categoriaNenhum comentário em As três conversas

Um geriatra disse a um paciente que uma pessoa precisa manter pelo menos três conversas por dia. Pode ser com o porteiro, a atendente do supermercado. Seja quem for, precisa entabular conversa. Isso porque tem de exercitar o cérebro com alguém que não seja ele.

Imagem: Freepik

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Interessante essa abordagem. E crível. Cobra comendo o próprio rabo morre ou enlouquece. O conselho do geriatra não se aplica só para idosos, pessoas públicas e privadas devem seguir essa receita e ampliá-la.  É sabido que o isolamento no poder deixa essas pessoas com fluxo de informação de fora para dentro entupido. Logo, terá decisões equivocadas embasadas em falsas realidades.

CONVERSA DE BAR

É a falta dela que deixa uma pessoa sem noção, no sentido figurado. Uso essa expressão como símbolo há muitos anos, criada quando observei como Brasília deixa políticos, ministros, presidente, todos com o poder da caneta sem base na realidade.

CONVERSE COM O PRESIDENTE

Desde meus 17 ou 18 anos eu ficava impressionado como as empresas americanas enfatizavam o “converse com o presidente” nas suas propagandas. Incrédulo, até mandei uma carta para o chefão da revista americana Seleções do Riders Digest. Para minha total surpresa, ele respondeu. Isso foi nos anos 1950.

DESASTRES EMPRESARIAIS

Foram e ainda são comuns no Brasil porque o CEO ou equivalente não tem essa humildade e, pior, acha que não precisa dela. Quando tudo vai mal, cai do cavalo ao saber o quanto ignorava. Toda informação externa saía dos puxa-sacos, os piores conselheiros que a humanidade criou.

O CASO ROLIM

O falecido presidente da TAM,  comandante Rolim Amaro, contou-me que ficava impressionado com o que ouvia dos passageiros e funcionários depois que instituiu essa cultura na TAM, algumas vitais para o bom funcionamento da sua empresa.

Portanto, converse no bar, no mar, na portaria ou até com desconhecidos. Mas converse.

TROCADALHOS

Nos anos 1960, vivíamos fazendo trocadilhos com expressões ou slogans consagrados. O xarope São João tinha um irresistível: tosse, broncão e rocidite, tome Xarão São Jope.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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