Ai dos ficantes

24 fev • NotasNenhum comentário em Ai dos ficantes

Pandemia? Não. Rua movimentada no bairro Independência, 17h de ontem, início da pauleira do fim de tarde. Está assim porque, quatro dias antes da semana do Carnaval, Porto Alegre começa a esvaziar.

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Mesmo antes da pandemia, e agora com os bolsos vazios de dinheiro e cheios de dívidas, todo mundo se manda. Algumas castas privilegiadas do setor público, que não assinam ponto e, se assinam ou não, a chefia não dá a mínima. É o Brasil de cima.

O Brasil de baixo, que bate ponto e tem faltas descontadas, se não for trabalhar, é obrigada a seguir seu destino rumo a uma aposentadoria merreca.

Sempre foi assim. Mas de alguns anos para cá o sentimento de responsabilidade foi para as cucuias.

Se o Brasil fosse a Rússia a guerra começaria só depois do Carnaval.

Roda

A toda hora alguém reinventa a roda nesse bendito país. Agora deram para reinventar Guaíba, que já foi Rio, depois lago e agora Delta do Jacuí, segundo um especialista em denominações fluviais garantiu ao colunista Paulo Germano, de Zero Hora. O Lago Guaíba começaria bem depois da Zona Sul de Porto Alegre. Li duas vezes o texto da destruição do nome que consagrou a capital gaúcha.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_conteudo_detalhe2.aspx?secao_id=1210&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=super_consignado_3103&utm_content=escala_600x90px

Então não devulgo mais nada, como dizia seu Pacheco,  capataz de estância no Alegrete. O rio Jacuí que é engrossado pelo Taquari e, mais abaixo, pelo Caí, Sinos e Gravataí, a julgar pelo professor, não é mais o bloco do Eu Sozinho. O certo então seria dizer que a Capital é banhada em sua maior parte pelos Deltas do Jacui-Caí-Sinos-Gravataí. Certo, Mary Teresinha? Suruba fluvial por suruba fluvial, é melhor dar o nome de todos os participantes.

https://cnabrasil.org.br/senar

Dentro do fluvialmente correto, queimemos em praça pública todos os livros que, ao longo dos séculos, chamaram o Delta de cinco rios de Guaíba. E fogueira para os autores ainda vivos. Tolerância zero para com os sacrílegos!

Guarda-chuva

No tempo em que ainda chovia, comprei esse micro guarda-chuva em uma boa casa do ramo. Na hora não vi. Mas depois me dei conta de que nem podia enfiar o dedo para carregá-lo quando a chuva parasse.

Desconfio que seja fabricado em algum país asiático em que o biótipo dos humanos seja de pequeneza e magreza. Apostaria no Vietnã.
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Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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