A síndrome do tambor furado

14 set • NotasNenhum comentário em A síndrome do tambor furado

Em palestra para a Câmara Brasil Alemanha, o CEO  da empresa Grow falou nos fundos Ventura, em que empresas financiam startups promissoras. A folhas tantas, falou na Síndrome do Batom Digital, expressão criada para definir empresas que falam em inovação, mas fica só nisso. Em Porto Alegre, assim como em outras cidades, batom digital é artigo que não falta.

Tanto no Gmail quanto no Jornal do Comércio, recebo diariamente centenas de e-mails e boa parte enaltece ações nas suas empresas ou citando articulistas que mostram como se inova. Nunca me comovi com esse modismo. Assim como outro lugar comum, a sustentabilidade. Maioria junta os dois. Pra quê? Pra nada.

Eu tenho 55 anos de jornalismo e o foco é a economia. Ai, meu Jesuscristinho do papo furado, como vi, vejo e ainda verei mais do mesmo. Assim como anúncios de projetos de governo que não passam de cartas de intenção.

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Nos anos 1970, a palavra mágica era marketing. O negócio é falar na moldura do quadro e ignorar a tela.

Essa rotina de enganação e autoenganaçao é a Síndrome do Tambor Furado. Bate no tambor faz um barulhão; fura, não tem nada dentro.

A rebimboca da parafuseta

Desde a sexta feira da semana passada, vi-me às voltas com um drama. O meu celu não permitia mais a função “copiar”.

Estranhei e li todo o manual. Fui em duas lojas Samsung e em duas oficinas. Ninguém achava a raiz do problema.

https://cnabrasil.org.br/senar

Era desesperador, porque lido com centenas de e-mails. Claro que teria que haver uma solução.

Ontem fui na Costumer Assistence da Samsung. Em menos de 5 minutos um rapaz achou a solução. Vocês não vão acreditar.

O problema não era no aparelho nem no software: era o tamanho da fonte. Bastou reduzir um pouco e voilà, eureka! Estou em paz com a função copiar.

Lembrei de um monge medieval chamado Ockam, que criou a figura da navalha de Ockam. Diante de um problema complexo, a solução está na resposta mais simples. Tipo a rebimboca da parafuseta que derrubou o avião.

Uma frase do poeta Mário Quintana me dá luz sempre: tudo é natural, inclusive o sobrenatural.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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