A queda

5 abr • NotasNenhum comentário em A queda

De 5 a 31 de março, o número de internações por Covid no Rio Grande do Sul caiu 33%. O problema da mídia é que ela gosta de deixar essa informação em segundo plano. Estamos falando de um terço, caramba! Não merecia chamada de capa pelo menos?
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Nossa danada vocação é alarmar o povo, não deixá-lo menos ansioso.

Fechar tudo é erro

Como tenho feito muito nestes tempos de peste, conversei com um respeitado médico sobre o panorama visto da ponte. Como tantos outros, ele acha que fazer lockdown foi um erro. Jogou o comércio para o abismo. O Jornal do Comércio registrou, na versão web, que 60% das operações gastronômicas vão fechar em seis meses. A informação é da Abrasel,  entidade do setor, acrescentando que 86% estão endividados.

Alguém na escuta?

Assim como este médico, muitos outros compartilham essa opinião. Como digo e repito, evita tornar pública essa convicção com temor da patrulha, não só profissional como também e principalmente a ideológica. Sāo os fiscais do vírus vive. Todo o poder a ele. Maioria com salários ou ganhos intocados. O comércio é o Belzebu.

Os culpados

As aglomerações, festinhas, juventude fazendo farra sem máscara e levando o virus para  asa.

Os perigos do fundamentalismo

Nos idos de 1964, multidões foram às ruas em todo o Brasil em passeata alarmada com os rumos do governo João Goulart, que era chamado de República Sindicalista. A Marcha com Deus pela Família e Liberdade logo ganhou o título de fascista. Era tão somente a classe média temerosa. Como? Também sou fascista? Desculpa, não brigo com a notícia. Basta ver os jornais da época. O tio Google oferece seus préstimos de graça. Mas hoje tudo é 8 ou 80. Crê ou morre.

O princípio da aniquilação

Hoje, se possível fosse teríamos ruas cheias de Marcha com Deus pelo Virus. É a fé cega no fecha tudo para quebrar tudo.

O ritmo do vírus

O virus não é unânime. Apesar de sucessivos lockdown na Europa, ele segue firme, vivo e forte,  enquanto em outras regiões ele vacila. A vacinação deve levar algum tempo para apresentar efeitos de porte. Como disse o médico por mim citado, estudar um vírus leva cinco, dez anos. É ou deveria ser o mesmo ritmo na produção das vacinas. Mas não há tempo. É como disparar um revólver municiando o tambor ao mesmo tempo.

A Espanhola

O povo já faz comparações com a gripe Espanhola que surgiu por volta de 1918. Não vale. Começa que Covid-19 não é gripe. A Europa inteira estava em guerra. O vírus da influeza começou a surgir nas trincheiras e foi levado pela soldadama para casa e daí para as cidades e delas para o mundo pelos navios.

A arte da guerra

Não a de Sun-Tzu, é outra, sem armas. Os americanos definem o pôquer como arte civilizada de enganar. Está aí uma bela definição para a demagogia e seu exército parlamentar.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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