A perna que levanta
Minhas rugas de preocupação vêm aumentando, não só pelos anos que passam, mas por causa dos acontecimentos últimos. Não existe Brasil grátis. Do ponto de vista meramente orgânico, físico, existem produtos como o ácido L-poliláctico (PLLA), um bioestimulador de colágeno, injetável, conhecido como Sculptra, que pretende ser novidade nesse campo.
Hoje se usa laser (sigla para light amplification by stimulated emition of radiation) com grandes resultados, diferentemente dos primeiros anos das cirurgias plásticas massificadas. Houve casos deploráveis, com socialite esticando a pele até o ponto de deformação. Lembro de um artigo escrito por um cirurgião plástico que condenava esses procedimentos. Começava assim: “Uma mulher que faz plástica fica com cara de quem fez uma operação plástica”. Ou seja, se vê o resultado (desses exageros) até nas barrancas do Rio Caí.
Lembro de uma senhora altamente qualificada – do ponto de vista de conta bancária – que fez uma. Estávamos em uma vernissage, moda dos anos 1970, quando ela entrou. Ficou de pé e nem mesmo abriu um sorriso, séria. Comentário de um colunista social:
– Ela não pode sentar, não tem como. E se rir, levanta uma das pernas.