A impotência que deprime

3 jun • NotasNenhum comentário em A impotência que deprime

Porto Alegre tem uma série de problemas aparentemente insolúveis. Caso das pichações tanto em prédios públicos quanto em privados, o furto de fios e cabos de energia, e o arrombamento de lojas que usam cortina de aço na entrada. Nada detém os inimigos da sociedade, que levam tudo que podem levar e até mesmo pequenos objetos metálicos como placas, torneiras vão parar em uma dessas fundições clandestinas e até regularizadas.

https://promo.banrisul.com.br/bdg/link/transforma.html?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=rebranding&utm_content=escala_600x90px

Uma dessas lojas, no Centro Histórico, foi arrombada três vezes em uma semana. As câmeras de vigilância pegaram os lalaus bem de cara. As imagens foram repassadas para a Brigada Militar. Os PMs conhecem os caras, mas são poucos recursos para pegar essa gente malvada. E alguns ainda riem para as câmeras. Certeza de impunidade.

Tempos de bagunça

Então esse é o quadro.  Me digam como se sai dessa tendo uma parte considerável da sociedade teoricamente sem ficha policial, mas sem caráter também. Estamos em momento de total desobediência civil, em que mesmo criminosos estreantes não se comovem com a dor e prejuízo que causam a terceiros. E até acham graça.

https://cnabrasil.org.br/senar

Como isso se formou na sociedade das grandes cidades e em Porto Alegre em especial carece de explicação. Como é que que o poder público não consegue controlar as fundições clandestinas e até regularizadas? 

Nunca vi disso

Vi candidato pedir seguranças por temer atentados, já vi a Polícia pedir que candidatos não deem chance para o azar e limitem aparições em público, já vi partidos receosos de atentados contra seus integrantes, já vi candidato fugir do contato físico com eleitores nos comícios. Mas nunca tinha visto nem ouvido falar que um candidato visite uma cidade e peça pelo amor de Deus para que sequer revelem o nome do hotel onde está hospedado e fuja de comício para falar para um grupo relativamente pequeno  de pessoas em recinto fechado e inacessível para simpatizantes. E, principal, um candidato que está na frente das intenções de voto de todas as pesquisas eleitorais.
Foi assim na visita que Lula fez em Porto Alegre na quarta-feira. 

O crescer dos vegetais

Há muito tempo numa galáxia bem distante um governador cunhou a frase perfeita para situações deste tipo, bastando poucas modificações. Ele disse: “As árvores atingem até a altura que atingem.”

Chuva de dinheiro

Enquanto dona recessão não vem, o senhor futebol nem parece sentir os efeitos da pandemia e apela para o deus dinheiro para renovar contratos com os senhores da bola. O jogador francês Mbappé renovou com o PSG e vai ganhar o equivalente a R$ 512 milhões por ano. Enquanto isso, a dupla grenal…

Sem enterro

Que bom se a gente pudesse sepultar a saudade/Na noite do esquecimento (compositor Tião Carreiro).

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »