Silenciosa e abandonada
Desde os anos 1980 que encanzino com uma realidade exasperante no que diz respeito à representação parlamentar. O Congresso tem bancadas evangélicas, corporativas (empresariais, por profissões liberais, religiosas etc), mas não se encontra um político empunhando a bandeira da maioria silenciosa. Sem entrar no mérito, temos batalhões de defesa de minorias das mais diversas, índios, homossexuais e suas subdivisões, sem e com terra e por aí afora. Mas quem não pertence a nenhuma dessas categorias e apenas sobrevive pagando altos impostos até porque não tem como sonegar, quem os defende?
Somos uma maioria silenciosa e abandonada. Pela própria definição. Certa vez, liguei para a secretária de uma empresa no Vale dos Sinos e notei que ouvia-se uma gritaria protestando contra algo. Perguntei a ela do que se tratava. A definição foi perfeita.
– É uma pequena maioria.