O fortão
O velho Tuxo lá de Uruguaiana gostava de exibir seus bíceps, especialmente para a gurizada. Usava camisa justa de mangas curtas.
Não existiam academias naquele tempo, então tinha que improvisar. Havia um bolicho, o muque veio de carregar engradados de cerveja, nem que fosse de um canto para outro.
Um dia o velho Tuxo inventou outra. Assim que a molecada se reunia respeitosamente em volta do balcão, pegava uma tampinha de cerveja e a dobrava usando apenas o indicador e o polegar. Ante o olhar extasiado da turma, debruçava-se no tampo de madeira carregado de memórias e arrematava com voz grave.
– E olha que é a mais forte que a companhia produz!