O abre-alas
Uma forma de estabelecer uma empatia com motoristas de táxi ou alguém que nos serviu de alguma forma é encerrar a relação dizendo “fica com Deus” além do protocolar boa noite ou bom dia. O taxista, na totalidade das vezes, dispara uma reposta agradecida pelo desejo de que ele esteja seguro no trabalho.
O autor, o autor!
A bem da verdade, um dos pioneiros desse tipo de civilidade foi o vereador porto-alegrense João Antônio Dib, que encerrava todas as sus falas, conversas e conversas ao telefone com “saúde e paz”, isso já nos anos 1980. Um pioneiro, portanto. E tinha seus motivos, pois virou cadeirante porque um assaltante disparou um tiro que atingiu a coluna do edil naquela década.
Remédio contra vampiro
Em algum momento da crescente escalada da insegurança, do caos admitido e de um futuro perturbador, as pessoas começaram a usar esses bordões como forma para neutralizar o ambiente hostil, da desconfiança e da suspeita. Religiões tem lá seus mantras, mas a sociedade civil – pelo menos a brasileira – começou a usar estas expressões como alguém sacode um crucifixo na frente do vampiro para afugentá-lo.
Os previsores
Conversa de elevador. Ninguém diz “fiquem com Deus” quando ele chega ao térreo. Em compensação, elevador e meteorologia têm muito em comum. Basta dizer “que calor!” ou algo relacionado com o tempo que logo se abre automaticamente um canal de comunicação entre os passageiros desse transporte vertical. Sem os previsores do tempo, viagem de um grupo em elevador costuma ser silenciosa.
Desmoronou tudo
Uma repórter de TV que fazia a cobertura do incêndio em São Paulo não só confundiu fumaça com o vapor d’água resultante do rescaldo como ainda disse que “o prédio foi desmonorado”. Ele e o português.
« Pausa para o almoço Presidente americano Theodore Rossevelt »