Erro de cálculo
O deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não ficou feliz com o comentário do também presidenciável Ciro Gomes feito ao vivo no programa “Pânico na Rádio”, na Jovem Pan. O político cearense chamou o deputado de “moralista de goela” e afirmou que o caso de doação eleitoral da JBS ao Partido Progressista (PP) se tratava de uma lavagem de dinheiro. Inconformado, Bolsonaro moveu uma queixa-crime contra Gomes.
Do ponto de vista estratégico, o deputado errou. Deu vitrine ao rival. Como consolo, deveria ter dito em resposta que faltam léguas para Ciro alcançá-lo nas pesquisas. O cearense fez a acusação exatamente por adivinhar a reação de Jair.
Ciro Gomes é uma espécie de Jânio Quadros antes de ser Presidente da República. Não é de hoje que ele poderia usar como fantasia de Carnaval uma metralhadora abrindo rajadas em leque. Com todo o respeito, é um aloprado político. Com plataforma palatável para o cidadão comum, lembra os políticos dos anos 1950. Poderia perfeitamente usar um botton com a inscrição “yankes go home”.