Decepção

9 out • NotasNenhum comentário em Decepção

Antes de contar a minha desventura gastronomia de hoje, devo dizer que não entendo lhufas de cozinha. Estou na terceira aula de fazer ovo duro, mas tá difícil.

O causo: hoje fui almoçar num bufete muito bom perto de casa. E, depois de comer como um bispo, fiz uma viandinha para o jantar. Peguei carne de panela, batata corada, arroz, milho e aquelas cenouras verticalmente prejudicadas refogadas.

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À noite, botei tudo num prato e aqueci no micro-ondas. Que decepção! Tão alegre que fomos e tão triste que voltamos.

A carne secou, ficou dura, parecia que tinha sido exposta ao sol do Saara. A cenourinha ficou sem gosto. Enfim, tudo ficou uma bosta.  

Se alguém  tiver uma dica de micro me avisa. Mas que não seja nada complicado, porque recém aprendi a ligar a geringonça.

Quase uma ova

Escrito há sete anos: O crime organizado quase tomou conta do Rio de Janeiro, disse o presidente Michel Temer justificando o decreto que passa a segurança do Estado para as Forças Armadas. Quase coisa nenhuma. Eles tomaram conta já a partir dos anos 1960.

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O episódio da chacina dos médicos “por engano” de capangas do tráfico mostra que estamos realmente à matroca. E logo no Rio de Janeiro, que tem a pretensão de ser o cartão postal do Brasil. Há décadas assistimos à decadência da ex-Cidade Maravilhosa cheia de encantos mil, como na marchinha de Carnaval.

Como é que chegamos a esse ponto é a pergunta que os cariocas e o resto do Brasil fazem. Chegando, sem ironia.

Como a história da lagartixa que estava em panela que aquecia aos poucos até o ponto de fervura sem pular fora, assim os sucessivos governos foram relaxando sem ter um plano definido. Plano a longo prazo. No meu humilde entender, nunca haverá fim se não pegarmos pelo lado dos usuários, especialmente os eventuais, os não-dependentes.

Quanto aos que são dependentes, é preciso salientar que eles não eram viciados quando deram a primeira cheirada. Foi uma escolha pessoal intransferível.

Alegar que são vítimas do sistema ou, pior, coitadinhos, é tapar o sol com a peneira. Ou desculpa pela incompetência de pegar esse pião na unha.

Ah, é assim em todo mundo, dirão. Só que em Estocolmo, Paris, Nova Iorque ou outra grande cidade, o tráfico não metralha médicos que estavam bebendo chope em um bar. Vivo dizendo que nós é que somos o submundo, o mundo é controlado pelo Crime S.A. em todas as suas formas.

Dizem que foi o governador Leonel Brizola que impulsionou o tráfico quando proibiu a polícia do Rio de Janeiro de subir os morros. Pode ter acelerado a descida Mas seria questão de tempo.

Olha, tem muito graudão que vocifera contra o tráfico e quem o deixa traficar, mas que, na intimidade, é chegado na Dona Branca, como se dizia no meio artístico. E, com as drogas sintéticas cada vez mais poderosas, é possível ganhar o mundo em um pequeno laboratório de fundo de quintal.

Como Júlio César

Em uma carta ao Senado romano após uma vitória decisiva em 47.a.C na Batalha de Zela, na Ásia Menor, o imperador Júlio César teria dito Veni Vidi Vinci, eu vim, eu vi, eu venci. Frase perfeita para ser repetida pelos chefões do tráfico.

Doação do TJRS 

O Tribunal de Justiça entrega, nesta semana, doação de mobiliário e equipamentos para o Hospital Roque Gonzales, administrado pela Secretaria Municipal de Saúde de Roca Sales, que foi atingido pela enchente. Serão computadores, monitores e mesas de escritórios, entre outros itens para equipar o Hospital.

No mês passado, a presidente do TJ, Desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira, anunciou ao governador Eduardo Leite o repasse e de R$ 5 milhões para auxiliar as pessoas atingidas pelas fortes chuvas.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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