Show, que show?
Quando Eric Clapton estava mais em evidência, veio fazer um show em Porto Alegre, não lembro se no Beira-Rio ou Olímpico. Eu me amarro num blues, vocês sabem, esse gênero americano que nunca teve grande repercussão, era música de negros, que nem mesmo tinha unanimidade entre eles. Até que os ingleses descobriram o blues, Clapton, Chas & Dave, Rolling Stones entre outros. Aí ganhou não só o mundo, mas o próprio Estados Unidos.
Não fui ao show. Ganhei até entrada grátis, mas não fui. Nunca vi a menor graça em ir a um estádio atrolhado de gente que vai mais para ver e ser visto do que curtir quem faz o show, de preferência, sentada de pernas abertas nos ombros do macho dominante. Mesmo em posição privilegiada, o barulho não permite que se curta o som e nem mesmo você vê o cara de perto. E para chegar e sair do estádio é um parto.
Não mesmo. Prefiro ouvir meus artistas preferidos sentado numa poltrona em casa com bons fones de ouvidos e estamos conversados. O resto é selvageria.