Quem vê cara…

21 out • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Quem vê cara…

…não vê coração. Sobre o assunto que a máscara impede uma aproximação mais íntima, ficando apenas a curiosidade de ver o rosto atrás dela, leitor pondera que se diverte vendo mulheres da metade da idade dele fitando-o interrogativamente. Às vezes, o mistério é bom, diz ele. De fato. Não tinha me antenado.

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O lado ruim é que fica nisso, não ata nem desata. No fim, fica um clima de suspiros do tipo “será que…” É bem provável que, no fim da pandemia, olhares interrogativos minguem. Aí está na mão dos artistas. Para quem é ex-atleta, fica o “foi bom enquanto durou”.

CAMPANHA CASCA DE BANANA

Há séculos digo para amigos candidatos que tomem cuidado com entrevistas para jornais. Existem assuntos em que é melhor ir de Porto Alegre para Caxias passando por Uruguaiana do que dar resposta direta. Brizola era craque nisso. Temas como cortar impostos ou aplicá-los são batatas quentíssimas.

Por mais direta que seja a resposta, candidatos  NUNCA devem esquecer que o título da matéria ou chamada de capa ou título interior não contemplam o contexto. Assim, mesmo que você diga não com ressalvas, o que vai para o título é sim, na maioria das vezes. E vai explicar isso para o eleitor.

MENTIDOS & DESMENTIDOS

Faz parte da maldade inconsciente do jornalismo. Somos especialistas em jogar penas ao vento. O desmentido tende a ser pior. Até porque quem não leu o mentido vai ler o desmentido, e com desconfiança.

NUNCA DIGA NÃO

Jamais diga que não será candidato à reeleição, jamais prometa peremptoriamente que vai baixar os impostos. Porque o dinheiro das prefeituras está mais curto do que coice de porco, e daqui para frente só vai piorar. Antes de prometer alguma coisa, peça uma audiência com O Senhor Caixa. Ele não mente, a não ser que você caia na conversinha de quem o opera.

NUNCA DIGA EU NÃO SABIA

A história está cheia de eleitos que assim dizem depois de empossados. É passar atestado de otário. No mínimo, é um chorão, como o marido ser o último a saber da traição da mulher.

DE PAI PARA FILHO

Claro que estamos falando do pós- eleição. Portanto convém não expor mais que o necessário a história da herança maldita que recebeu do antecessor. Convoque uma coletiva algum tempo depois de esquentar a cadeira e fale dos podres que recebeu, e deu. Que não esqueça o eleito que ele está aí para resolver os pepinos, não para chorá-los.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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