O Lobisomem de Despique
O causo de hoje é do montenegrino Carlos Wallauer, que publicou esta interessante história no Face.
“Lembrei de uma história que minha avó Angelina Moraes de Mello contava. Teria acontecido lá por 1920. Ela dizia que, nas bandas de Despique, (época Montenegro ) onde ela se criou, falavam que existia um lobisomem. Era certo o horário e a lua em que ele aparecia nas terras da família Mello. Eles tinham uma atafona e às vezes o bicho aparecia, apavorando todo mundo. Arranhava a porta, lutava com os cachorros… Eram mais de 10 cachorros e não eram páreo para o bicho, que colocava o terror na redondeza.
A suspeita caía sobre um tal de Zeca Peixe, um cara muito estranho, inimigo da família Mello. Minha avó, que não era de mentir, contava que durante uma noite de luar a tia-avó dela estava muita mal e o lobisomem resolveu aparecer. Então, os primos e tios da minha avó (entre eles, João e Diamantino Mello), que trabalhavam na atafona até madrugada, se irritaram e pegaram espingardas. Começaram então uma verdadeira caçada atrás do lobisomem. Conseguiram expulsá-lo a tiros até a porteira da fazenda. Porém, ao retornarem, adivinhem quem estava ali na Atafona novamente?”
Lobisomem por lobisomem ainda fico com o do doutor S.A., que, nos anos 1950, jurava que tinha couro de lobisomem estaqueado no galpão da estância lá na Cachoeira. E não matou uma lobismulher com uma bala de prata da sua Winchester 44 porque ele tinha sete lobisominho para desmamar. Mas esta é outra história, que você lê aqui: http://fernandoalbrecht.blog.br/tiro-ao-lobisomem/