O destino dos jornais
Deveria ter escrito o destino do faturamento publicitário dos jornais depois da pandemia. Acredito que os anunciantes não vão se contentar com um anúncio puro e simples. Vão querer propaganda não explícita, que já existe e é chamada eufemisticamente como “conteúdo editorial”.
No caso de empresas com várias plataformas, como rádio e TV, o desafio é mais fácil porque há múltiplas possibilidades de inserir o tal conteúdo editorial. O problema, vamos ser francos, é fazer bem feito de tal forma que o leitor comum não diga “ai tem” . Na verdade, sempre tem.
O DESTINO DAS INFORMAÇÕES
Exigirá miniaturização. O que vai impor necessidade de jornalistas com mais conhecimento de causas e efeitos, para que consigam redigir contextualizando o fato a ser informado em poucas linhas. Matérias maiores em cadernos ou nas edições de final de semana. Problema: só macaco velho consegue isso.
O DESTINO DOS COLUNISTAS
Futuro próspero. Aumentarão em número e, forçosamente, em qualidade e segmentação.
O DESTINO DO JORNAL IMPRESSO
Sabemos que um dia eles irão falecer, mas ainda tem muito chão pela frente. E por uma razão muito simples, vivemos cada vez mais e, por consequência, teremos mais leitores pré-internet, acostumados com o velho e bom papel. Há 30 anos você era considerado velho aos 60, hoje bota mais 20 nessa conta.
São leitores novos-velhos, para efeitos de circulação e tiragem.
DECIFRA-ME OU TE DEVORO
Há algum tempo, saiu uma pesquisa sobre hábitos de leitura na internet e uma das revelações é espantosa: o internauta fica, em média, menos de 10 segundos na página de um jornal virtual. Se não vê de cara algo que o interesse, ele cai de banda.
MORAL DA HISTÓRIA
Criatividade nos títulos é e será cada vez mais essencial. E com figurinha, como na nossa infância.