História com final feliz

12 jul • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em História com final feliz

Imorrível mesmo é esse veado-catingueiro. Foi atropelado na Rota do Sol, na Serra Gaúcha, ficou preso nas ferragens do carro, que ainda percorreu 20 Km até achar ajuda para retirá-lo, façanha feita por dois amigos, Samuel Germann e Rodrigo Gross, do grupo Trilheiros do Guará. Para resumir o causo, o cervídeo foi tratado pelo Gramadozoo e, depois de estar recuperado, voltou para o local de onde não deveria ter saído, a natureza.

veado_atropelado (4)

Orly, 11 de junho de 1973

O dia de ontem marcou 45 anos de um acidente que enlutou todo o Brasil. Um Boeing 706 da Varig, que havia partido do Rio de Janeiro rumo a Paris, teve incêndio a bordo, provavelmente tenha começado no banheiro, situação que obrigou o comandante a fazer um pouso forçado perto do aeroporto de Orly, na França. Morreram 123 passageiros, salvaram-se 11, dez deles tripulantes. O único passageiro que se salvou foi o carioca Ricardo Trajano.

Causa mortis

O trágico é que não foi o acidente em si que matou toda essa gente, foi a fumaça tóxica gerada pelos materiais sintéticos usados nos assentos e na decoração da cabine dos passageiros. A partir dessa tragédia, todos os fabricantes de aviões e seus componentes mudaram radicalmente seus materiais. É assim na aviação, um erro serve como lição para que nunca mais aconteça. Veja-se o caso dos Estados Unidos, que não registram um acidente fatal com grandes aeronaves comerciais em nove anos.

Leila, Regina, Agostinho…

A comoção se deu não só pelo número de mortes, mas porque a bordo estavam pessoas conhecidas e admiradas em todo o País. A atriz Leila Diniz, formosa mulher, foi uma das perdas – ela estava no auge, na flor da idade. Um socialite muito conhecida e admirada também estava a bordo, Regina Leclèry, bem como o cantor romântico Agostinho dos Santos. Naquele tempo, só pessoas abonadas podiam viajar de avião, e ainda mais para o exterior.

…e o poderoso Filinto

Outro ilustre passageiro do voo 820 era o temido Chefe de Polícia Política de Getúlio Vargas, Felinto Müller, considerado o homem mais temido do Brasil nos dois governos do presidente. Foi acusado de entregar para a Gestapo a judia alemã Olga Benário, mulher do líder comunista Luiz Carlos Prestes. A suprema ironia é que Filinto não só participou da Coluna Prestes, em 1925, como foi promovido de capitão a major pelo próprio Prestes.

1973, o ano da mudança

O cheiro de 1968 ainda estava no ar em todo mundo, mas o Brasil vivia uma situação econômica confortável. O PIB crescia 8,5% e, após o choque do petróleo determinado pela Opep neste mesmo ano, de 1 dólar por barril (153 litros) para 11 dólares, os países produtores de petróleo, árabes especialmente, se forraram de verdinhas. Foi a época dos petrodólares.

O pepinodólar

Foi o início da chegada dos petrodólares, repassados para os bancos brasileiros e empresas clientes através da chamada Operação 63, a juros de pai para filho e com até cinco anos de carência. Mas então veio o pepinodólar, causado pela desvalorização brutal da nossa moeda, gentileza do ministro Delfim Netto. A correção cambial elevou as prestações destes empréstimos à altura do Everest. Foi bom enquanto durou.

O mico I

Comentário do jornalista Carlos Brickmann (www.chumbogordo.com.br) sobre o caso do habeas de Lula: “Tudo fica por isso mesmo, enquanto todos se insultam como se fossem o Neymar depois de alguma queda. No dia seguinte, o presidente da FIFA decide que foi gol, e o juiz tem razão. O jogo terminou na véspera – e daí? Os deputados envolvidos ficaram no banco, sentados sobre seus fundos”.

O mico II

E prossegue Brickmann: “Não é bem assim. No caso de Curitiba, José Dirceu falou antes da hora, achando que tudo estava resolvido. Lula também achava e dizem que já tinha até arrumado as malas. Numa delas, os livros que estava lendo na prisão”.

Balanço positivo

Jornadas Pelotas 11.07 (2)De junho a dezembro deste ano, as Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho vão discutir as mudanças promovidas pela nova lei trabalhista por todo o país. No interior do estado, já foram realizadas 14 edições: Caxias do Sul, Lajeado, Santa Maria, Carazinho, Passo Fundo, Erechim, Santa Rosa, Uruguaiana, Cachoeira do Sul, Capão da Canoa, Santa Cruz do Sul, Canoas e Pelotas (foto), esta realizada ontem. Foram mais de três mil lideranças empresariais e da comunidade em geral presentes. Os eventos reuniram ainda mais de 80 instituições do poder público e da sociedade civil, entre elas, 12 universidades.

Avançar mais

O coordenador-geral das Jornadas e idealizador da modernização da lei trabalhista, deputado Ronaldo Nogueira, está satisfeito com a repercussão dos eventos e destaca: “É necessário avançarmos nas reformas para melhorar a vida dos trabalhadores. O Brasil vai gerar, em 2018, mais de um milhão de empregos formais”.

 

Mais empregos

Já o desembargador e vice-presidente do TRT-RN, Bento Herculano Duarte Neto, garante que nenhum direito do trabalhador foi retirado. Além disso, mais empregos foram gerados: “A nova lei estimula a criação de mais empregos, mas, para que isso aconteça, é necessário que exista desenvolvimento econômico. E agora existe um ambiente favorável a novos investimentos”, argumenta o desembargador.

Jornadas na Capital

As Jornadas encerram os eventos no Rio Grande do Sul com a edição de Porto Alegre hoje, 13 de julho. O evento ocorre no Hotel Sheraton, às 12h.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »