Fronteira com o SUS
Qualquer abordagem sobre o Brasil, usos & costumes, capacidade de compra, escolaridade, grau de instrução, capacidade de entendimento ou, o mais importante, aquela fatia de brasileiros que o ex-deputado Magalhães Pinto chamava de “o grande diretório nacional” tem que partir do seguinte dado: 160 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do SUS. Aí começamos a conversar.
O GRANDE DIRETÓRIO
Obviamente que uma parte desses 160 milhões tem condições intelectuais do conhecimento político ou da cultura geral, o que é compensado por outra parcela de pessoas com renda de razoável para cima que entende menos que a turma de menor poder aquisitivo. Só eu conheço dezenas de gente muito bem posta na vida que acha que centurião é um romano com 100 anos de idade ou que macróbio é um micróbio grandalhão.
ITAÚ DIXIT
Palavra do ex-diretor do BC e economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita: a reforma da Previdência foi melhor que a encomenda. Ele prevê uma economia de R$ 1 trilhão em 10 anos somada ao pacote antifraude do INSS.
PENSAR COM BOTÕES
Ninguém mais usa a expressão “pensar com meus botões”, mas eu ainda penso. E pensando com meus botões – a maioria é bem humorada – acho que estamos conseguindo algo extraordinário neste País, parar com a sangria das fraudes na Previdência.
O VENTO LEVA
Para meu gosto, além da reforma tributária precisamos de uma reforma administrativa, do funcionalismo. Mas a fundo. O Brasil tem suas invencionices, falta gente gabaritada em parte da máquina e sobra gente não gabaritada em outra parte. Sem falar nas corporações. Se sair pelo menos parte, e a economia reagir até o ano da eleição, o Capitão se consagra. Apesar das bobagens ao vento.
MEU AVOZINHO
Leio que dobrou o número de passageiros das aéreas que vão e vem de Portugal. É um país interessante. Conseguiu sair da medonha crise melhor que a Grécia, virou destino turístico mundial, é um dos três países do mundo com menores índices de criminalidade e, fazendo jus ao seu passado de grandes navegações, toca o barco do século XXI.
Onde entra o avozinho? Nos anos 1950, o jornalista Davi Nasser, da Revista O Cruzeiro (um milhão de exemplares), cunhou a frase lapidar que remete ao nosso passado. Escreveu no título do seu editorial “Portugal, meu avozinho”. Eu era guri na época, mas achei o máximo a sacada do Nasser – que era árabe, por sinal.
DE ONDE VIEMOS?
Quando os guris veem um piloto de corridas ganhando todas querem ser piloto de corridas no futuro; quando alguém fascinado pelo mar vê os documentários de Jacques-Yves Cousteau, quer ser mergulhador ou submarinista; quando vê a Esquadrilha da Fumaça quer ser piloto. Eu decidi que queria ser jornalista quando lia um texto bem escrito.
O BRASIL QUE FUNCIONA
O historiador Voltaire Schilling estará no Instituto Ling, em agosto, ministrando curso sobre as dinastias intelectuais. Em dois encontros, marcados para os dias 13 e 20, às 19h30, o professor falará sobre Maquiavel, Voltaire,
Mais info: www.institutoling.org.br
LEIS E TRIBUNAIS
O Instituto dos Advogados do RS (IARGS) está promovendo três eventos na semana que vem.
- Dia 13 de agosto, terça-feira, no Grupo de Estudos de Direito de Família, às 12h, no quarto andar do IARGS / Palestrante: Advogada Daniela Eppinghaus Cirne Lima Sfoggia / Tema: A Nova Lei de Proteção de Dados. O fim dos termos de uso que ninguém lê
- Dia 14, no Grupo de Estudos de Direito Tributário, às 12h, no quinto andar do IARGS / Palestrante: Advogado tributarista André Ibañez / Tema: Os meios alternativos de cobrança do crédito tributário e os direitos do contribuinte: “as sanções políticas se tornaram constitucionais?”
- Dia 16, sexta-feira, VI Simpósio de Processo Civil, das 9h às 18h, no auditório Cubo da ESA-OAB/RS / Tema geral: Inteligência Artificial e o Processo – O Futuro dos Tribunais.
Inscrições: portaldoaluno.