Esporte nacional

19 nov • Caso do Dia, Frase do DiaNenhum comentário em Esporte nacional

Não, não é o futebol. O esporte nacional do Brasileiro, gaúcho em especial, é falar alto e de forma inconveniente em todos os lugares possíveis. No restaurante, no bar, na rua, no velório, ao celular – aliás, fala-se tão alto nele que a pessoa do outro lado ouve ao natural. Por isso, que somos detestados em tantos países europeus. Somos inconvenientes. Pior, não dançamos nada e queremos luz negra.

OS ALTO FALANTES

Engana-se quem pensa que é só gente da vila que assume essa postura vocal. Não, gente fina também e talvez principalmente. O olham com o canto do olho para quem parece gostar – só os alto-falantes humanos não sabem que são olhares de reprovação – como a dizer “ol mamã, olha teu rebento aqui agradando”.

UM OUTRO OLHAR

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Para esquecer um pouco da nossa monumental má educação, eis aqui uma vista que nem todos podem ver, pelo menos deste ângulo. É um colírio caminhar pelos jardins do Piratini ao lado do Galpão Crioulo do Palácio. Ao fundo, a cúpula da Catedral Metropolitana. Confesso que o palácio em si não me agrada. Acho meio frio, uma arquitetura lúgubre. Que me perdoem os devotos, mas a Catedral é feia, na fachada.

O PÉ DO VINICIUS

Pé-direito alto nunca fez meu gênero. Quem gostava dele era Vinicius de Moraes. Ele morava na encosta acho que no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e queria aumentar o pé-direito da casa. Contam que ele contratou uma empresa de engenharia especialista na modalidade. A certa altura do papo, o engenheiro-chefe quis saber que altura o compositor queria entre o piso e o teto. Ele não soube precisar em metros.

– Mas o senhor, pelo menos tem que ter uma ideia – falou o doutor do cimento.

O Poetinha pensou, pensou e depois falou de forma resoluta.

– Sabe aqueles filmes de faroeste em que o mocinho alto pra caramba está montado num cavalo enorme, então ele empina o bicho, tira o chapéu Stetson e o arrodeia no ar até onde seu braço alcança? Pois é dessa altura que eu quero.

TUDO NA TORNEIRA, BRÓDI

Blink Bar - Por Nicolas Webber (1)A cidade de Porto Alegre ganhou uma nova opção para happy hour e entretenimento noturno. Com investimento de R$ 700 mil, o Blink Bar abriu as portas no bairro Moinhos de Vento (Rua Comendador Caminha, 312) com uma novidade exclusiva: é o primeiro bar da capital gaúcha a apresentar ao público torneiras de drinks. São dez torneiras que servem as receitas da casa durante a noite toda,  e conta também com dez torneiras de cerveja à disposição do público. O empresário que abre as torneiras é Daniel Jeunehomme.

NÃO VALE

Torneiras de drinks - Por Nicolas Webber

Não vale algum pândego chegar no bar do Daniel e pedir um drink de frutas com um pêssego inteiro, por exemplo. É torneira, não mangueira do Corpo de Bombeiros.

CIDADANIA ITALIANA

Conseguir a cidadania italiana é, de longe, a menos complicada de todos os outros países europeus. Mas há novidades no ar. Há indicativos que essa moleza pode terminar. Leia o artigo do especialista no assunto, Rafael Gianesini.

ESCOLA DE ASSADORES

O Parque Gaúcho de Gramado completou oito anos de atividades na sexta-feira, 15, reforçando seu compromisso de resgatar a formação histórica do gaúcho. A equipe recebeu convidados e turistas com uma demonstração da Escola Gaúcha de Assadores, um projeto de resgate cultural criado para apresentar a origem e a evolução da culinária gaúcha.

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Além do tradicional churrasco, a escola ensina o preparo de pratos típicos que fizeram parte do período de formação do povo do pampa.

Conforme o diretor do Parque Gaúcho, Marcos Gomes, a Escola Gaúcha de Assadores resgata a questão histórica envolvida no preparo das receitas típicas e apresenta técnicas de preparo primitivas que podem ser colocadas em prática pelos participantes. “Mostramos desde o preparo do fogo até a escolha dos ingredientes, mas buscamos especialmente resgatar a questão histórica”, pondera.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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