Em se plantando, dá
Assim descreveu o Brasil o escrivão Pero Vaz Caminha quando Cabral cá chegou. E dá tanto que florescem até fios. Por falta de vocação, eles ainda não se comportam como galhos de árvores, mas um dia eles chegam lá. O matagal da foto fica na rua Ramiro Barcelos, Porto Alegre. Existem muitos irmãos cidade afora.
Mas não é culpa apenas da CEEE. Talvez a menor parte da fiação seja de sua responsabilidade. O resto é cabo de telefonia, fibra ótica, gato e outros aproveitadores de poste alheio.
Acontece…
Jair Bolsonaro e sua equipe estão naquele estágio de apavorar os eleitores de tanto choque de cabeças. Algumas não tão pensantes como deveriam. Só que o tempo aplaina essas saliências. Mesmo na época dos militares, não raro, aconteciam esses desencontros, e parte vazava para a imprensa. Até que não era tão segredo do Estado assim.
…mas não deveria
No caso atual, o grande número de militares em cargos de alto escalão é uma das causas. Militar e como radialista, não pode ver microfone aberto que lá vem palavrório por perto. Ainda mais que alguns resolvem dar o troco pelo que da classe se falou em anos recentes. O próprio capitão precisa se controlar mais.
Na torcida. Contra
Ainda tem que levar em conta o fato de a mídia torcer descaradamente pelo insucesso do capitão. Ontem de manhã, vi uma chamada na Globo News de programa no rodapé onde se lia “aumentou o emprego informal”, mas nada sobre “diminuiu o desemprego”.
Os chorões
Se ainda fosse do gênero musical “choro” seria uma boa, mas não é o caso. Já notaram que o brasileiro é um chorão nato? E que sempre tem uma desculpa quando faz algo mal feito? Não é generalizado, mas é a tal coisa de maçã podre que contamina todas as outras do barril. É um aspecto cultural nosso, algo vindo do catolicismo em grande parte. Chorai e sereis ouvidos.
Você observa isso todo santo dia no trabalho e até nas relações familiares. Sempre tem alguém dando uma desculpa esfarrapada ou chorando, ai como eu sofro, não mereço etc.
Tá na cara
Este é um papagaio-charão que mora no Gramadozoo (RS). Os veterinários estão contentes porque a ave acabou de ser pai. Notaram o detalhe? “A” ave, feminino, é pai, masculino. Mas não é disso que quero falar. O que sempre me encanzinou nesses psitacídeos é o jeito maroto com que nos olham. Digam-me se estou certo ou errado, o charão não parece estar rindo de alguma coisa, talvez de nós? Tá na cara.