Editora Abril
O empresário Fábio Carvalho, especialista em aquisição e recuperação de empresas, e os atuais acionistas do Grupo Abril assinaram, nesta quinta-feira (20/12), contrato prevendo a aquisição de 100% das ações do Grupo Abril. Ainda há alguns trâmites, como a aprovação pelo Cade e outras formalidades.
Quem te viu, quem te vê
As dificuldades do conglomerado dos Civita eram conhecidas no mercado, com dívidas em torno de R$ 1,6 bilhão. Quem viu a Abril no início, como eu, só tem a lamentar. A revista Veja foi um marco – não tem como escapar do jargão – do jornalismo brasileiro. Textos saborosos de se ler, informação de primeira, era o sonho de consumo dos jornalistas. Antes dela, a Realidade, de matérias longas, foi outra grande publicação.
Em extinção
Já nem falo das dezenas de títulos dirigidos a setores específicos, como a Exame, que era leitura obrigatória para quem se interessa ou trabalha com economia. Não saberia dizer o que deu errado na gestão. Mas sei do desaparecimento paulatino do público leitor do carro-chefe da Abril, a Veja. O texto era refinado, os redatores sabiam que estavam escrevendo para um público mais seleto, aquele que gosta de ler, tem uma bagagem cultural acima da média, e capta o fino senso de humor e ironia. O que não queria dizer que um leitor comum não captasse a mensagem. Esse Brasil terminou.
Zé fini
Eu escrevo sobre o desaparecimento desse leitor há muito tempo, quem me acompanha sabe. E eu escrevo – ou tento – escrever dessa forma tanto neste blog como na página 3 do Jornal do Comércio. Com o terrível enfraquecimento cultural derivado pela falta de leitura, somos cada vez menos. Francamente, estamos em extinção, nós que assim escrevemos e o leitor que curte textos que exige conhecimento, que as novas gerações nem condições têm de captar.
Brasil…
Entra Natal e sai Natal e as incongruências são do tamanho do Everest. O Papai Noel vem da Lapônia, mora com Mamãe Noel que ninguém viu, viaja em um trenó que não foi feito para a neve, mas para o voar, puxado (?) por renas que os brasileiros só conhecem pelo National Geographic. Usa roupas apropriadas para o Círculo Polar Ártico em pleno verão escaldante.
…capital Rovaniemi
Além disso, presenteamos amigos e parentes com um bolo cuja origem é italiana, cantamos a música Noite Feliz que se chama originalmente Stille Nacht, criada em 1816 que nem alemã é, como a maioria pensa, é austríaca. Isso tudo junto misturado explica a fuzarca eterna que vivemos e então vocês queriam o quê, que o Brasil fosse um país coerente?
Inovação em saúde
A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre anuncia a estruturação de seu Programa de Inovação em Saúde, em parceria com a Techtools Ventures, fundo de investimentos que opera como venture builder para a criação de empresas globais com alto potencial de retorno financeiro e social. O Programa será estruturado em três níveis e tem como objetivo reduzir o impacto causado pelos atendimentos ao SUS na Santa Casa.
Somente no ano passado, o hospital gaúcho investiu R$ 145 milhões no SUS, tornando-se o maior financiador do Sistema no país. Neste momento, vem para garantir ainda mais qualidade e segurança na medicina nos próximos anos.
O presente
O Serviço de Pediatria do Hospital Moinhos de Vento organizou uma apresentação teatral para seus pacientes internados. A peça “O presente”, encenada pela Companhia de Teatro de Bonecos Trupi Di Trapu, celebrará o Natal na pediatria. Conta a história de um menino que esqueceu que participaria de uma festa de Natal e sua aventura em busca de um presente para levar. No final da apresentação, haverá a chegada do Papai Noel.
Agenda
- O que: Peça teatral “O presente”
- Quando: hoje (21), às 15h
- Onde: Hospital Moinhos de Vento, unidade de internação A2 – Bloco C (Rua Ramiro Barcelos, 910)