Doença de rico

17 jun • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Doença de rico

Ai que delicia de guerra. Os bairros com maior número de infectados de Porto Alegre são quase que exclusivamente classe A. Jardim Europa, Bela Vista,Três Figueiras entre eles. Outro é o bairro Anchieta, que, em linha reta, não fica longe desses.

DOENÇA DE POBRE

O interessante é que em  nenhum momento se soube de vilas e favelas dominadas pelo Tenebroso. Também não li nada sobre os sem-teto. Conversei com alguns que se abrigam sob a marquise de um prédio para saber de colegas infectados. No início, eles temem que seja ação policial, mas depois de uma boa conversa e alguns pilas, eles se abrem. Não, não têm conhecimento.

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Como não há estatísticas oficiais, não se sabe se o fato desse pessoal ficar ao ar livre dia e noite não influi. Mas o bairro com maior número de casos por 100 mil habitantes é o Jardim Europa, que é um paliteiro só. Morar em prédios pode não ser saudável.

SENTADO ESPERO…

…a prometida multiplicação de casos. As previsões da semana passada eram um tanto quanto catastróficas. Veremos, como dizia Honório Lemos.

AOS 54 ANOS…

…de jornalismo, acho que estou bem perto de reconhecer rengo sentado e cego dormindo. De todas as previsões catastróficas que li, a maioria não se confirmou, salvo as óbvias, como número de mortes em terremotos e outros desastres naturais.

Lembro da manchete do jornal O Globo na primeira metade dos anos 1990, quando a Aids explodiu. O Brasil terá 10 milhões de soropositivos em 2000, berrava. Como eu sempre digo, a função do jornal é alarmar o povo.

TEORIA DA  RELATIVIDADE

Não a do Einstein, a minha. Quando começou a pandemia, as ações isoladas de solidariedade se multiplicavam e, na esteira deles, as grandes empresas foram atrás. Até meados de abril, achávamos grande coisa doações de 100 ou 200 máscaras e outro tanto de cestas básicas. Hoje, isso é micharia. Continuo achando que doação pura é aquela em que o doador quer ficar anônimo.

VOTO DE SILÊNCIO OBSEQUIOSO

Pode ser impressão minha, mas estou achando o Capitão um tanto quieto para o gosto dele. E queimar publicamente seu ministro mais polêmico e amigo, Abraham Weintraub, parece dar razão aos que acham que ele quer fumar o cachimbo da paz com o STF, que quer ver o ministro da Educação pelas costas.

TODO PODER ÀS SERINGAS!

Comentei ontem sobre o grande negócio que já e fabricar ampolas, e que será muito maior quando surgir a vacina. Pois o leitor Miguel Ramos mandou essa:

“Dias atrás li uma reportagem sobre um laboratório que está desenvolvendo uma vacina e por causa da falta de ampolas ela será vendida com a própria seringa. Dito isso, pergunto se algum dos meus leitores com muita grana e com o burro na sombra não me quer como sócio em fabrica de ampolas. Pode ser, chefia?

BO FEITO PELA BRIGADA MILITAR

O 9º BPM inova registrando e imprimindo o Boletim de Ocorrência Policial na hora. Agiliza a vida das vítimas, que não precisam mais se deslocar até uma delegacia para conseguir o documento. Saiba mais clicando aqui.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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