A hora do espanto
Nos anos 80, eu era comunicador da poderosa Rádio Farroupilha, conta o leitor e advogado Antônio Carlos Côrtes, ao relatar um causo passado naqueles tempos que entrou no folclore da radiofonia gaúcha.
O saudoso Padre Ângelo realizava ao vivo, às 18 horas, “A hora da Ave Maria”. Geralmente, o operador de áudio era sempre o mesmo, então ele sabia a altura adequada para sonoridade da cortina musical (Ave Maria, de Gounod).
Certo dia, o operador adoeceu e foi substituído. No horário aprazado, o padre chegou um pouco atrasado e foi direto ao estúdio entrando no ar sem seguida. A cortina estava um pouco alta e o sacerdote fazia sinal com a mão de alto a baixo para o operador reduzir a intensidade do som.
Este, todo atrapalhado e sem saber o que fazer, achou que o padre Ângelo estava mandando ele se ajoelhar e rezar. Foi o que fez de mãos postas, sem baixar o volume da cortina.