A fadiga mental
Olhe em volta e observe que, em manifestações culturais e artísticas, estamos voltando ao passado, especialmente na música e cinema. Afora os grunhidos e gritos histéricos de letras non sense, compositores e até artistas de 30, 40 e até mais anos estão sendo resgatados. Se vivos, ao vivo. Não que seja apenas saudosismo – em parte é – mas faltam composições de nível.
Hollywood está carente de roteiros originais. Na falta deles, já chegou a ponto de fazer remakes de remakes. Um roteiro sem arquétipos usuais – a volta por cima, a descoberta, crime e castigo, a redenção, personagens Dr. Jeckyll e Mr. Hide etc – é raro. O que quero dizer que é que a entropia acelerada está cansando e não há fôlego que aguente. Peguem os celulares, que são velhos na semana seguinte ao lançamento.
Sempre falo no Grande Muro que nos aguarda em algum ponto do futuro, talvez não tão distante. Teremos que reinventar a vida e de consumo. Há dezenas de outros exemplos que comprovam o início do processo da fadiga dos metais, no sentido de fadigas mentais.
Como vai ser esse processo eu não sei, e quem disser que sabe está chutando.