O insustentável peso do terror
Desde os últimos atentados em solo europeu, potências ocidentais vêm prometendo jogo duro contra o terror, e, certamente, o aumento dos bombardeios em territórios dominados pelo EI fazem parte dessa dureza. Ou não. Quer dizer, é uma reação tímida demais para significar algo maior. Tenho a impressão de que o jogo duro nem mesmo começou, e por um motivo simples: ações grandes não se fazem no curto prazo. E curto prazo aqui são pelo menos alguns meses.
Quanto tempo a Europa irá suportar os atentados? A tese de que não basta matar formigas, e é preciso eliminar os formigueiros, significa guerra. A frase é do jornalista paulista Carlos Brickmann, e ele tem carradas de razão. Como é que a guerra vai se materializar é questão em aberto. Mas dá para sentir no ar que os europeus estão realmente fartos desse status quo, dessas ações ignominiosas levadas a cabo por uma parcela dos islamitas. Isso é doloroso, o efeito xenófobo que o terror causa.
E não tem essa de diálogo com terroristas. Como já disse o general prussiano Carl von Klausewitz, a guerra é a continuação da política por outros meios.
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