• Revolução Farroupilha, o retorno

    Publicado por: • 25 abr • Publicado em: Notas

    Trava-se uma luta aberta envolvendo impostos no Rio Grande do Sul. O governo Eduardo Leite quer aumentar o ICMS cuja alíquota é de 17% para 19%, o que mobiliza as chamadas forças vivas e as muito vivas do estado.

    https://www.veloe.com.br/banrisul?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=p_blog&utm_campaign=tag_banrisul&utm_content=escala_600x90px

    O governo alega que, se não aumentar o imposto, vai faltar dinheiro para pagar o funcionalismo da ativa e da reserva. O lado empresarial, capitaneado pelo presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, pegou esse pião na unha e trava uma luta implacável.

    Na Assembleia, o NÃO já tem 31 deputados comprometidos, o que significa que o Piratini será derrotado. Se o governador Eduardo Leite for derrotado, tira incentivos fiscais de setores empresariais. Se vencer, os alimentos sobem de preço, incluindo a cesta básica.

    A razão de cada um

    Não vou cansá-los com detalhes, tem planos A e B e argumentos de ambos os lados. Fico com um antigo provérbio popular, em casa que não tem pão todos brigam e ninguém tem razão. Ou, se preferirem, a outra versão que fala “e todos tem razão”.

    www.brde.com.br

    O que priorizo nesta guerra é o fato de que a carga tributária neste país é monstruosa e a contrapartida é pífia. E desde sempre.

    Não nascemos ontem. E o eterno remédio para tapar buracos dos governos tem sido aumentar os impostos.

    Obviamente que a sonegação baila no mesmo ritmo. Um prefeito de Pelotas (RS) já demonstrou isso nos anos 1990.

    O case Bernardo

    O prefeito Bernardo de Souza, então no PSB, fez uma aposta com os empresários: ele baixaria o imposto municipal ISQN. Mas, em contrapartida, eles teriam que se comprometer a jogar o jogo fiscal bem jogado.

    Fez isso setor por setor. O resultado foi o que ele anteviu: aumentou a arrecadação.

    https://cnabrasil.org.br/senar

    O problema é que existe a cultura fiscalista no país. Esses burocratas só enxergam a subida da carga e nem pensam em diminuir tributos. É uma doença congênita, está no DNA deles.

    Do chá a Tiradentes

    Desde o Brasil colonial, somos vítimas dessa doença. Faltou dinheiro? Sobe a carga. A máquina inchou? Aumenta a carga. Em vez de baixar os custos da máquina.

    Lula tem dito isso no plano federal. Ele se recusa a desinchar o enorme monstro devorador de dinheiro.

    E nós conhecemos por experiência própria setores públicos nas três esferas de governo que poderiam funcionar até melhor com menos burocracia e funcionários. Em vão.

    Vamos morrer abraçados nos impostos escorchantes. Foi assim no episódio da luta pela independência dos Estados Unidos (o imposto do chá criado pelos ingleses). Foi assim com Tiradentes, o episódio da Derrama.

    O garrote vil

    Eu não me conformo. Mas estou no jargão jurídico JUS SPERNIANDI. Como um animal batendo a cabeça na cerca querendo sair dela de qualquer jeito.

    Como sou bastante antiguinho, lembro que, nos tempos de adolescência, meu pai e tios comerciantes já se queixavam da dureza fiscal. Mas posso assegurar que não chegava nem perto de hoje.

    Quanto mais não seja porque o fisco e suas espertezas, como antecipar cada vez mais o prazo de pagamento, a profusão de Pis Pasep e outras mumunhas criadas ao longo do tempo.

    A perda de energia

    A solução? O IVA, Imposto sobre Valor Agregado, praticado em boa parte do mundo, que promete na reforma, mas apenas em alguns setores. Como sempre, meia sola.

    Como incide sobre o produto ou serviço final, é insonegável e não tem intermediários. Existe um estudo nos anos 2000 que mostra como essa linha de transmissão perde energia: de cada 100 reais arrecadados, apenas 12 chegam ao destino final. Tá bom assim ou quer mais vinagre na língua?

    Publicado por: Nenhum comentário em Revolução Farroupilha, o retorno

  • Pensamento do Dias

    Publicado por: • 25 abr • Publicado em: Frase do Dia

    Quando a entrada é muita, a comida é pouca.

    Publicado por: Nenhum comentário em Pensamento do Dias

  • O derrame

    Publicado por: • 24 abr • Publicado em: A Vida como ela foi

    Uns caras lá das bandas do Vale do Caí foram caçar em terras uruguaias. Foram na marra, sem licença, confiando na dona Sorte.

    Um doble chapa avisou a turma que, se uma patrulha do Exército os pegasse – lá é assim –, a cana seria dura. Então para tomar coragem encheram previamente o tanque com canha azulzinha de Santo Antônio.

    Já tinham entrado alguns quilômetros fronteira adentro quando um deles começou a passar mal. Suava em bicas, ficou pálido, tremelicou todo. Os parceiros ficaram preocupados. O que se passa?

    – Estou tendo um derrame…

    Orra, isso era hora de ter derrame? Deitaram o gajo no chão, tiraram o material bélico, cartucheira e facão, afrouxaram a roupa e outro o abanava. Então sentiram um cheio horrível, um fedor de mocotó com repolho enriquecido com rabanete.

    – Mas qual é, bitcho, tu está é todo borrado!

    O doente gemeu.

    – Não me deixaram terminar! Estou tendo um derrame intestinal!

    Publicado por: Nenhum comentário em O derrame

  • O inchaço do planeta

    Publicado por: • 24 abr • Publicado em: Notas

    A cada segundo, morrem 1,8 pessoas e nascem 4,2, segundo dados recentes. Não tem como o planeta Terra aguentar o tranco.

    Quem tem mais de 60 anos deve se lembrar do hino da Seleção Canarinho na Copa do Mundo de 1972 “noventa milhões em ação”. Em 1950, a população brasileira era de 52 milhões. Deu para sentir o salto?

    https://www.veloe.com.br/banrisul?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=p_blog&utm_campaign=tag_banrisul&utm_content=escala_600x90px

    O Poema das Sete Faces

    Mundo, mundo, vasto mundo
    Se eu me chamasse Raimundo
    Seria uma rima,
    não seria uma solução

    Assim escreveu o poeta Carlos Drummond de Andrade. Ainda estamos nos recuperando da pandemia. E, agora, vem um mosquito de pijama carregando no seu bojo uma arma de destruição em massa, a dengue.

    www.brde.com.br

    Porto Alegre já foi dominada pelo inseto da morte, também responsável pela febre amarela urbana. Duas versões para o bombardeiro da morte para a febre amarela silvestre, Haemagogus e o Sabethes.

    Na malária, nosso inimigo desde o milênio passado, o vetor é o mosquito anofelino, também conhecido como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda.

    Quer dizer simplesmente que nossos maiores inimigos são seres teoricamente insignificantes. Mas só na aparência.

    https://cnabrasil.org.br/senar

    Quando eu era adolescente, ficava impressionado com os relatos da febre amarela em regiões úmidas e quentes. Livros e mais livros “de aventura” descreviam os sintomas que iam e voltavam, dependendo do grau de gravidade. Às vezes, febrões por toda vida.

    A Grande Peste

    Sabemos das pestes que dizimavam populações inteiras na Idade Média, antes e depois dela. Os poucos que sobreviviam ficavam com a face marcada por sulcos e buracos, dando a ele uma aparência desagradável de se ver.

    Pois também a peste foi obra de um ser insignificante, a pulga do rato. Mas ninguém sabia disso. Então, a doença era atribuída ao demônio ou castigo de Deus pelos pecados cometidos.

    A doença que aterrorizava

    Nos meus tempos de adolescência, o medo era pegar a lepra, como a hanseníase então era chamada. Vem dos tempos bíblicos a ação da bactéria Mycobacterium leprae.

    Pegava-se apenas pelo contato segundo a crendice popular, o que é totalmente falso. A transmissão é difícil.

    Como “lepra” era o demônio em pessoa, custou a chamá-la por hanseníase. Na Zona Sul de Porto Alegre, havia o Leprosário Itapuã, em cujo pórtico de entrada havia a inscrição “Nós não caminhamos sós”.

    O que nos impressionava era que os infectados tinham ausência de dor. Então, a maioria tinha dedos queimados ou esmagados por trabalhos manuais corriqueiros, porque a dor serve de alerta que a hanseníase ocultava.

    Foi um dos meus grandes medos da adolescência. Então, todas as pragas são causadas por seres insignificantes e até invisíveis a olho nu. Por isso mesmo são difíceis de exterminar.

    Pedágio free

    O Banrisul, em parceria com a Veloe, oferece um produto para proporcionar mais autonomia e comodidade no dia a dia de seus clientes: a Tag Banrisul para pagamento e passagem automática em pedágios e estacionamentos credenciados de todo o Brasil. Para correntistas é grátis.

    Publicado por: Nenhum comentário em O inchaço do planeta

  • Pensamento do Dias

    Publicado por: • 24 abr • Publicado em: Frase do Dia

    Quando alguém posta “urgente” nas redes sociais é porque não é urgente.

    Publicado por: Nenhum comentário em Pensamento do Dias