Uma ponte longe demais
Esta primorosa imagem postada pela leitora Valéria Petersen mostra a antiga ponte entre Imbé a Tramandaí. Era de madeira e não havia outra opção para acessar as paias acima de Imbé. A imagem deve ser dos anos 1920,
Acho que durou até o finzinho dos anos 1940. Era uma aventura chegar em Tramandaí e outra aventura ir para outras praias do Litoral Norte. Logo após o miolo de Imbé, a areia das dunas era tanta que precisavam botar esteiras para que os carros não atolassem. Uma roda fora da esteira e precisava chamar socorro, trator ou carroça.
O caso do ônibus que levitou em Mariluz
Que eu lembre, logo após o Imbé, havia a hoje populosa Mariluz, assim chamada porque o loteador chamava-se Omar Luz. Quando lá ia, resumia-se a um hotel pequeno e quatro ou cinco casas de madeira, mais a casa do salva-vidas, que também servia como parada dos ônibus que iam até Torres costeando o mar.
Em dia de ressaca, os motoristas arrepiavam. Certo ano, vi um vagalhão levantar um como se fosse um brinquedo, para depois pousá-lo gentilmente na areia.
Cerca de 5 km depois vinha Santa Terezinha, conhecida como a praia das professoras. Albatroz era um sonho, um projeto ainda. Mas todas elas já tinham dono e, aos poucos, a demanda por terrenos deixou os loteadores ricos.
Como não canso de repetir, as viagens eram parte da aventura. O ruim era a volta, geralmente com queimaduras causados pelo sol, cujas dores eram amenizadas com vinagre, vejam só. Coisa de comadre benzedeira.