Quando eu for grande

1 jul • NotasNenhum comentário em Quando eu for grande

balões e piadas fernando albrecht

Vou me candidatar ao BBB para vencer e ganhar muito dinheiro. Sempre se diz que hoje formas tradicionais para fazer grandes fortunas terminaram na maioria dos países, menos nos países asiáticos e emergentes como o Brasil. O mundo fashion aliado às multidões histéricas à procura de um deus ou deusa que os cative. Basta que elas apertem um botão para você ficar rico.

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Efeito botão

São estas multidões que lhe darão dinheiro por causa dos teus 15 minutos de fama, não é engraçado? Funciona assim, se um ET quiser saber. Quanto mais botões forem acionados, mais empresas anunciantes aparecerão, uma ciranda financeira que dá dinheiro para todo mundo e para a pessoa que causa esse frenesi.

Quem não é visto, não é lembrado

Aos fatos. O tal de Gil do Vigor, o pernambucano Gilberto Gomes, começou a ganhar dinheiro de verdade depois que saiu do BBB. Até então, foi troco. O influenciador digital, como eles falam, faz quatro postagens por semana no Instagram com 14 milhões de seguidores, contratos com marcas famosas que lhe rendem até R$ 120 mil por postagem. Certo, ainda não é ser rico, mas é um bom começo.

De forma conservadora, essas postagens e seguidores podem render R$ 480 mil por semana, ou quase R$ 2 milhões por mês. Antes dele, a paraibana Juliette Freire, outra egressa do BBB, amealhou 30 milhões de seguidores e grana correspondente.

Isso posto…

…retifico a primeira nota. Jamais serei rico quando for grande porque não sou nordestino. Eu os admiro. De verdade. A dor os ensinou a gemer.

Vai nessa, freguês

Tem tanta vacina disponível no mercado além de outras que estão em vias de aparecer que, num futuro próximo, até camelô pode vendê-las. Claro que na versão pirateada ou mais fria que retaguarda de pinguim.

Tudo na santa paz

Perguntam o que acho da situação reinante. Respondo que está tudo normal. Anormal, seria se não estivéssemos em pelo menos algum tipo de crise.

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Nasci no fim de uma guerra mundial, vi multidões quebrando a cidade por causa do suicídio de Getúlio Vargas, vi a Legalidade, a renúncia do presidente Jânio Quadros, o parlamentarismo frustrado, 1964, 1968, a quartelada de 1975, a morte de um presidente que nem foi empossado e a posse do vice que não poderia sê-lo, a hiperinflação, e o resto que se seguiu e segue.

Então, qual a novidade?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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