Os jornais vão mal das pernas? 

18 fev • NotasNenhum comentário em Os jornais vão mal das pernas? 

Nem todos. A RBS mostrou um balanço alvissareiro, em parte pelo desempenho da Zero Hora. No que interessa, o famoso Ebitda, o fluxo de caixa, houve um aumento de 30% sobre o ano anterior, em parte graças ao desempenho do jornal.

Pode-se questionar seu rumo editorial, mas a verdade é que, graças a esse desempenho  cada funcionário receberá 2,33 salários de participação nos lucros, o PPR.

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Tocadores de harpa

Quantas empresas que operam no RS podem dar 2,33 salários de participação dos lucros a cada funcionário (PPR). E, das quem podem, quantas dão? Eu sempre digo que, na média e exceções à parte, o empresário gaúcho é mão de tatu mulita, e tocador de harpa. Olhem como se toca esse instrumento, o famoso vinde a mim. Atravessam o Atlântico com Sonrisal na mão e ele não ferve.

A esperança

Os novos tempos estão chegando, o capitalismo que reconhece a necessidade de deixar os funcionários felizes, e a palavra parceiro diz a que veio nestas empresas. Desculpem, mas os gaúchos sempre foram conhecidos por ganhar menos se quem oferece um negócio ganhar mais que ele. Somos piada nacional.

https://cnabrasil.org.br/senar

Eu cresço, tu encolhes

Depois de décadas de carteira assinada, cansei de embarcar no “vamos crescer juntos”. Isso quando ainda acreditava em Papai Noel. Nunca cresci. Outro defeito nosso é, antes de um negócio ser apresentado o empresário pede um tempo. Depois ele é incapaz de dizer SIM ou NÃO, e sempre manda “diz que estou no dentista” ou “em reunião”. Perguntem aos paulistas.

Por falar em negócio…

…quem conhece o Mercado Público de Florianópolis sabe o quanto o nosso é pobrinho. Temos três ou quatro restaurantes e deu. O resto é xis, sanduba ou pão com carne de panela. Não tem nem mesmo uma pastelaria. O andar de cima está vazio de negócios e cheio de burocracia.

O Centro Histórico de Porto Alegre não tem nem mesmo uma churrascaria – tem uma. Mas não completinha da Silva. Claro, agora temos o Cais Embarcadero perto do Gasômetro, mas falo do miolo da área. Até os anos 1980, eram seis. E todas de respeito. Mas dá para entender, porque a classe média foi expulsa do centro na mesma medida em que os prefeitos do PT dos anos 1990 deixavam os camelôs entrar na rua dos Andradas. Tudo pelo social, como se só pobre fosse “social”.

Porto Alegre não tem nem mesmo um restaurante de comida típica gaúcha. O último foi o Tio Flor, década de 1980. O amigo já provou sopão de trigo (argentino) com espinhaço de ovelha?

Tosa de porco

Sempre queremos que a Prefeitura resolva isso. Prefeituras são como tosa de porco, muita gritaria e pouca lã. Falta é empresário com cara e coragem.  Poder público é bom em dar emprego. Público.

Breve aqui?

Há 40 anos, o Rio Grande do Sul passou por uma estiagem dos infernos, como hoje. Foi a primeira vez que a imprensa falou no La Niña, moleca velha conhecida pelos países com costa no Pacífico colonizados pelos espanhóis. Em 1983, houve enchentes devastadoras, então nos apresentaram o El Niño.

O povo quer saber

Por que você bota a tampinha de volta na garrafa de água mineral depois de encher o copo e não faz o mesmo com garrafas de refrigerante ou cerveja?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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