Tenha dó, Senhor das Desgraças

17 maio • NotasNenhum comentário em Tenha dó, Senhor das Desgraças

Ciclone subtropical com ventos acima de 100Km/h de hoje até amanhã, temos dengue, inflação, a covid está aí de novo, o que mais o Senhor está aprontando?

O furo é mais embaixo

Em anos eleitorais, é comum que a classe média duvide das pesquisas que colocam o seu candidato em desvantagem. É comum ouvir o argumento “Todos com quem falei vão votar nele”.

A esse respeito cabe lembrar conversa entre o falecido publicitário Jorge Salim e um amigo. Quando se encontraram na Rua da Praia, o amigo falou que tinha comparecido a um programa de TV.

“Você vive dizendo que a audiência dá traço, mas hoje de manhã todo mundo disse que me viu.”

Resposta do macaco velho:     

– Não confunda “todo mundo te viu” com “todos que viram te falaram”.

Musk, o dinheiro e o comichão

O empreendedor fora de série Elon Musk desistiu de comprar o Twitter por 44 bilhões de dólares, alegando falta de informações sobre robôs e perfis falsos. Musk é uma figura notável. Nascido na África do Sul, sofreu bullying que o impeliu a voar muito alto, um gênio criativo que navega com tranquilidade em todas as áreas.

https://cnabrasil.org.br/senar

Além da Tesla, é dele o projeto de transporte de pessoas a 800 km/h em tubos com casulos levitando por eletromagnetismo. É dele a SpaceX, que construiu um foguete tão poderoso quanto o Saturno IV, que levou o homem à Lua, a um custo de 100 milhões de dólares, 10% do custo da NASA.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_conteudo_detalhe2.aspx?secao_id=279&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=antecipacao_ir_2022&utm_content=escala_600x90px

Pessoas assim são raríssimas. Enquanto isso, a mídia só se refere a ele como “bilionário”, como se fosse pecado, desconhecendo o dinheiro que deu para causas ambientais e assemelhadas.

Pessoas como Musk não são movidas só pelo dinheiro, isso é efeito. Elas têm comichão para empreender, mesmo correndo riscos. Como Musk correu e até se estrepou várias vezes. Só que deu a volta por cima.

Para que serve a língua?

Pequena lancheria, entra um solitário freguês. Duas atendentes conversam sobre os órgãos do corpo humano. De repente, uma delas se vira e pergunta.       

– Moço, nós precisamos da língua?

Perplexidade. Ele opta por responder com o modo 1.0.       

– Mas como você falaria sem ela?

Perplexidade das gurias.       

– É…é, pode ser. 

A razão assiste Guanaes

Esse artigo aí abaixo, do publicitário Nizan Guanaes, merece atenção. À primeira vista, parece pouco caso com a turma do andar de baixo, mas é só na aparência. De há muito defendo a tese que faltam empreendedores no Brasil , faltam empresários, falta classe média alta.

Há várias explicações ao meu ver. Uma delas é pela falência e mesquinhez das elites, o que eu chamado de tocadores de harpa – vejam uma imagem ou vídeo como se toca esse instrumento, é da frente para trás. O famoso vinde a mim.

Elevador social

O que a esquerda nunca entendeu é que o supérfluo do rico é o emprego do pobre. Se você tem mais classe média alta ela servirá de elevador para as de baixo, média e baixa.

Ironicamente, foi a classe média quem elegeu os dois presidentes do PT e que elegeu prefeitos e governadores no início da década de 1990. Ou seja, a maré vermelha em quase todo o país. Depois veio o desencanto, mas essa já é outra história.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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