Relatório de ume ET

15 jun • Sem categoriaNenhum comentário em Relatório de ume ET

Ao comando interestelar

Assunto: condições de vida na Terra

Prossigo nas observações de usos e costumes do estranho planeta chamado Terra e, cada vez mais, tenho a convicção de que são muito ruins as condições dos habitantes no Hemisfério Sul e de um espaço de nome Rio Grande do Sul. Observando os trajes que os moradores de uma cidade chamada Porto Alegre vi que eles ganham tão mal que não conseguem comprar roupas novas, eis que as que usam estão rasgadas.

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Ricos, mas pobres

Também noto que essas infelizes criaturas podem pertencer a qualquer faixa social, inclusive de (teoricamente) alta renda. Aprofundei minhas investigações usando o disfarce de um nativo em lojas de roupas. Qual não foi meu espanto que estas peças são até mais caras que calças comuns.

Momento tribal

No tocante à alimentação, observei que gostam de se alimentar em grupo, sentados em mesas, trazendo comida que buscam no que chamam bufês. Enchem os pratos e, no final da refeição, nem mesmo comem tudo.

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O mais incrível é que estas casas cobram uma comissão sobre o valor de 10% mesmo que eles próprios tenham servido. Acho que esta civilização está condenada a ser obesa. Mesmo jovens terráqueos são roliços como a Lua, satélite da Terra.

Rodízio de desperdício

Mais estranho ainda é como eles se alimentam em casas que vendem carne em espetos. Quando o que eles chamam de garçons oferecem um tipo, deixam de comer o que nem mesmo comeram metade e assim sucessivamente. 

Notei ainda que as carnes que ficam na ponta inferior e superior destes pedaços de metal não despertam o mínimo interesse. Então, a conta a ser paga é alta exatamente porque só comem uma parte e desperdiçam outra.

Diálogos impenetráveis

O código que eles emitem para acasalar inicia com uma troca de olhares e frases bobas em que ficam dando voltas usando, na língua deles, expressões que nem mesmo entendo. Apesar dos anos de estudo aprofundado de português.

Os diálogos são incompreensíveis, entendo as palavras, mas não vejo sentido. Por exemplo, caminhando atrás de duas jovens em determinado momento uma dirá a seguinte frase:     

– …aí eu agarrei e disse pra ele….

Sexo por instrumentos

Em um aspecto, os casais são tão evoluídos como nós. Em vez de conversar, trocam mensagens no aparelho chamado celular, mesmo que estejam a poucos centímetros um do outro, sentados em locais onde servem bebidas.

Imagino que o ato de procriar seja parecido com o nosso, transferência de fluídos por pensamento. Ainda não consegui entender bem a mecânica. Mas já vi que, antigamente, uniam os corpos por um determinado tempo e depois se atiravam de costas na cama dizendo “foi bom pra você também?”.

Programa contra o desemprego

Interessante é a economia deles. Fiz os cálculos e descobri que trabalham cinco meses só para sustentar o governo com impostos, que são desdobrados e cobrados em dobro. Devem ser muito gratos para os governantes para se sujeitar a isso. Ou deve ser algum mecanismo para empregar gente que eles definem como funcionalismo público.

Pagos para incomodar

Fico devendo um relatório sobre como os seus representantes fazem leis. Não consigo ver a lógica.

Frequentemente, criam diplomas legais que pioram os já existentes. E, mesmo quando são novos, não dizem exatamente como serão aplicados.

Essa análise deixo para nossos analistas de mente. Os terráqueos devem ter algum distúrbio que os tornam incapazes de serem lógicos. O pior é que eles são pagos para fazer leis inócuas.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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