Quando o santo fotografava

5 nov • A Vida como ela foiNenhum comentário em Quando o santo fotografava

   Um dos meus tantos tipos inesquecíveis foi o fotógrafo Maurecy Santos, o Santinho, com quem trabalhei em 1968, na Zero Hora. E, mais tarde, na extinta Folha da Manhã, 1974/75.

O Santinho estava sempre de bom humor, rindo à beça e à toa. Vivia fazendo troça. Do tipo que perde o amigo, mas não a piada. Eu só o vi balançar uma vez, justamente num desses plantões da madrugada da reportagem policial.

Meia-noite e pouco. Estávamos na redação (que, naquele tempo, ficava na rua Sete de Setembro, hoje Estacionamento Rex), quando apareceu um motorista novo para as Rural Wyllis da empresa, à época pertencente ao jornalista Ary de Carvalho. Sisudo, formal, educado, estendeu a mão.

– Prazer, eu sou o novo motorista da madrugada. Meu nome é Antônio da Costa.

Era tudo que o Maurecy queria. Apertou a mão do novato.

– Prazer, Santinho. Da Costa, é? Costa brasileira ou uruguaia?

O novato devolveu com juros e correção.

– Santinho, é? De qual igreja?

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Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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