Procura-se um radinho
Tinha os de marca diabo, baratos, e outros mais caros. Uma atendente me disse ao pé do ouvido que não deveria adquirir os baratinhos. Qualidade ruim, montadas em fundo de quintal de algum país asiático. Fui de Sony. Se é que era ele.
Sem querer querendo
Essa busca me levou a uma constatação. Já repararam que essas falsidades eletrônicas não vem mais do Paraguai? Quer dizer, antigamente tudo quanto é bagulho vinha de lá. Então assomou outra constatação. Quem terminou com parte da má reputação do Paraguai foram os países asiáticos.
A montagem do monstro
Nos anos 1990, um amigo otário comprou um refrigerador de marca desconhecida vendida por um importador de araque. Funcionou uma semana. Começou a sair uma fumacinha do motor, deu uma tremidinha, certamente não de prazer, e deu os doces. Kaput. O amigo chamou um técnico multimarca. Pediu o diagnóstico. Minutos depois ele sacudiu a cabeça.
Olha, não tem jeito. Essa geringonça foi montada com sucata do front russo da segunda Guerra Mundial, montado na Bolívia e finalizado no Paraguai.
É grave a crise
Os ricos dos Estados Unidos estão comprando Rolls Royce usados, conta o Valor Econômico. Não exatamente por falta de grana, mas porque faltam autopeças para aumentar a produção, especialmente as eletrônicas. Ainda é efeito do “tudo fechado” da pandemia.
Vale o mesmo para o Brasil. Carros usados e seminovos estão com preço inflacionados por falta de alguns modelos novos. A tabela Fipe não mente.
Tive um Classe B Turbo (não vou dizer a marca para evitar pegação de pé) e o que mais me incomodou foi o módulo eletrônico da caixa. Simplesmente te deixa a pé. A importação de um novo demora, custa os tubos e sabem mais o quê? Um modulo zero bala tem que alterar o número do chassis.
A salvação hermana
Aí que entram os argentinos. Como eles não têm (não tinham) a Babilônia de impostos como nós, o preço das peças – inclusive as não eletrônicas – é dois terços menor.
Que país esse nosso! O que não é inviável é mais caro que na vizinhança. É não é de hoje. Desde a escalada da carga tributária iniciada por Fernando Henrique Cardoso, o céu não é o limite. E a contrapartida, ó…
Do nosso repórter provisório Gilberto Jasper (*)
Incrível o número de ciclistas ao longo da freeway. Mesmo com todo frio do sábado de manhã, uma legião de atletas (e outros nem tanto!) pedalando no acostamento da rodovia, devidamente fardados com roupas berrantes para chamar atenção dos motoristas. Muitos trocando pneus ao longo do trajeto.
(*) na outra em encarnação Gilberto Jasper foi cocheiro de diligência.
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