Preço de ocasião

10 dez • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Preço de ocasião

O patrão enlouqueceu. Está era a chamada dos anúncios de descontos no varejo em décadas passadas, que podia ser aplicada às vacinas. A Coronavac que o governador paulista João Dória quer que seja usada na vacinação em massa para todo o Brasil, custaria R$ 22,4 bilhões, segundo o colunista Cláudio Humberto. Ele afirma que a Oxford AstraZeneca seria de “apenas” R$ 6,7 bilhões.

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Dória quer ser presidente em 2022, então, se tudo desse certo, os louros da vitória – a eficácia do produto – lhe dariam um generoso butim de votos. Se. A explicação da diferença seria o fato da segunda vacina ter aberto mão do lucro. Meninos e meninas, ao longo dos meus 53 anos de jornalismo, conheço o rengo sentado e o cego dormindo, então permitem dar uma de São Tomé. Só vendo.

EL DIABLO SABE…

…más por viejo que por diablo, já dizia José Hernández no seu épico argentino Martin Fierro. Se o laboratório abriu mão do lucro é porque já teve ou terá outras compensações. Porém, e sempre tem um, nem por isso deixo de bater palmas para a Oxford AstraZeneca, se a vacina for mesmo buenaça.

MORREMOS MAIS…

O IBGE divulgou um interessante dado fisgado pelo Estadão, que entre 2008 e 2019 as mortes de brasileiros cresceram 24% e lá vai pedrada. E não se sabe o motivo. Isso foi antes da pandemia, é bom ressaltar. Uma das explicações seria a diminuição da mortalidade infantil com aumento dos falecimento de idosos, mais “morríveis”, digamos assim.

…OU SOMAMOS ERRADO?

Agora mesmo que não entendo mais nada. A cada ano que passa a expectativa de vida dos brasileiros aumenta, então como assim morrem mais idosos? Talvez sejam mais acidentes, algo do tipo, mas mesmo assim 24% é uma paulada.  Alguma coisa não bate nessa conta.

SEU CHINA

Lá vem seu China/Na ponta do pé/Lig lig, lig lig lé/Dez tostões/Banana e café. Esta marchinha de carnaval dos anos 1950, de Castro Barbosa, cai como uma luva no avanço chinês nos negócios e infraestrutura brasileira. Que agora miram na educação através de uma instituição de Hong Kong.

Há quem diga que esse avanço oriental é inexorável. Assim como a  natureza, também os negócios abominam o vácuo. O capitalismo brasileiro é raquítico. Só funciona com dinheiro do Estado. Nos anos 1970, o profético Millôr Fernandes escreveu seguinte: vocês que não gostam dos americanos, esperem os orientais.

DIGAM CÁ…

…uma coisa. Nos ensinaram que devemos lavar as mãos com detergente ou algo parecido, botar álcool e sei lá o que mais. Muito bem. Qual a maior superfície exposta do corpo humano? A cabeça, incluindo os cabelos ou a careca. Mas não li nada sobre isso. Voltar da rua com coronavírus brincando de Tarzan nos cabelos, ou disputando corrida para entrar na boca e narinas não parece ser uma boa.

SOBRE TEMPERATURAS

Recebo um artigo com o titulo “Por que os protestos esfriam?” Bueno, cá sentado no meu mochinho vou dar uma de Conselheiro Acácio. Esfriam porque não esquentam.

DE MUDA

Braço direito de Galvão Bueno nas corridas reformula 1, Reginaldo Leme assinou contrato com a Band. Vai narrar corridas de stock car. A F1 está tão chata, só dá Lewis Hamilton e Mercedes.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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