Pout pourri

11 jun • NotasNenhum comentário em Pout pourri

Era o nome usado para colocar várias músicas ou parte delas na mesma faixa do disco. Dá para fazer isso com coisas do dia. Começo com um estranho fato de governadores “amigos” da CPI da vacina serem dispensados de depor, justo os que têm uma bandana na testa onde se lê “aí tem…”. Que coisa. E até com aval de uma ministra do STF.

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Lembrei do livro A Revolução dos Bichos, de George Orwel, escrito no tempo do paraíso soviético. A constituição dos bichos feita pela cúpula dirigente começava assim. Todos os bichos são iguais, mas alguns são mais iguais aos outros.

E segue o baile

O mui hermoso presidente da Argentina, Alberto Fernández, levou cacete por ter dito que os hermanos vieram da Europa e os brasileiros vieram da selva. Talvez ele tenha conhecido muitos Silva (selva em latim, embora a maioria nunca tenha pisado na selva). Eu vi muitos “europeus” no povão de Buenos Aires, nossa Senhora. Ou talvez seu Alberto Roberto Fernández tenha lido só a carta de Pero Vaz de Caminha. Fato é que, desta vez, a esquerda brasileira se fez de surda e cega com a mancada da esquerda argentina.

Eu por exemplo, venho da selva alemã.

Outra musiquinha

Do meu pout pourri é do bem. A economia gaúcha cresceu 5% no primeiro trimestre. Falem mal do governador Eduardo Leite, vai. Claro que a iniciativa privada toca o barco, mas cabe ao governo criar mecanismos indutores, o que tem feito.

Meninos, eu vi

Li nos grandes jornais anúncio de página de campanha para o uso racional da energia elétrica, problema sério que pode afetar todo o Brasil. Será que o governo Bolsonaro voltou a anunciar nos grandalhões? Se assim for, talvez a carga pesada em cima do Capitão possa ter só tiros de festim mais adiante. Duvidar quem há de?

Meia volta, volver!

Será interessante observar o cenário da retomada de anúncios oficiais se ela realmente ocorrer. A imprensa crítica não poderia passar a mão de uma hora para outra. Vai ter que usar a ordem do senador Pinheiro Machado (1851-1915) para seu motorista quando este perguntou qual velocidade imprimiria ao possante para atravessar a turba hostil. Resposta:

– Não tão devagar que pareça provocação nem tão depressa que pareça covardia.

Só para constar

Usei muito essa técnica quando era adolescente e via pela frente um marmanjo fortão a quem tinha desafiado para brigar.

Muito estranho

Ué! Não li nada ontem sobre a lotação das UTIs de Porto Alegre. Será que  baixou?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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