Piada pronta
A demissão do presidente a CBF Rogério Caboclo já se desenhou no horizonte há mais tempo, eis que as denúncias de assédio sexual e gosto pela bebida eram amplamente conhecidas na parte submersa do iceberg. Formalizada a denúncia, a imprensa especializada saiu do silêncio obsequioso para o estardalhaço explícito.
Adivinhem sobre quem são a piada pronta e trocadilhos nas redes sociais.
Estrela murcha
Outro assunto submerso para os alegres rapazes da banda é o fator PT na diretoria do Inter e a movimentação dos conselheiros politicamente conservadores do clube associando o fiasco cearense com o fator estrela vermelha. Também não sei o motivo do espanto.
Meu passado me condena
Era fartamente sabido, antes das eleições, que o presidente Alessandro Barcellos era do grupo de Tarso Genro, que assessorou a bancada do PT na Assembleia Legislativa, que ele mesmo foi candidato a deputado pela sigla. Então muitos dos tais conservadores até votaram nele sabendo disso. Agora abrem a boca em forma de um grande “Ó”. Qual é?
Ó que saudades que eu tenho
Do picadinho à Maria Luiza que ninguém mais faz. Picadinho de carne com ovos era um dos pratos mais pedidos do Restaurante Treviso, do Mercado Público, e do Dona Maria, ambos falecidos. Exigia mão precisa para o ovo grudar da carne. Não é assim como jogar milho para as galinhas.
Pobreza de informações
Sem entrar no mérito: a pauleira que os jornais estão descarregando no governo Bolsonaro tem um custo físico, digamos assim. O espaço dos impressos já foi reduzido barbaridade por falta de anunciantes, leia-se redução do número de páginas. Quando o assunto é Bolsonaro, em quase todas as editorias e colunas, falta espaço físico (e jornalistas) para registrar a vida como ela é fora do governo.
Logo, há um enorme déficit de informações. Nunca nos meus 53 anos de jornalismo vi cardápio jornalístico tão pobre, nunca. O samba de uma nota só escancara a pobreza da cobertura normal de um periódico.
Parece óbvio. Mas donos e editores de jornais não captam essa obviedade. É um caso sério de cegueira coletiva.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
