23 fev • Notas • Nenhum comentário em Pequeno dicionário de palmas
Salva de palmas são universais aqui ou na Chechênia, que gostam de botar bombinhas nos russos. Quem mais gosta delas são autoridades e políticos em geral. Mas de quais palmas estamos falando, cara pálida? Aqui vai uma classificação elementar.
Palmas protocolares
E que mais têm. São claps-claps educados, despidos de emoção. Só para constar em ata.
Subespécie: palmas de inauguração.
Palmas fingidas
Também fazem parte da hipocrisia geral. Os que aplaudem fingem que são sinceras e quem as ouve finge que acredita nelas.
Palmas para a família
Também conhecidas como me engana que eu gosto. Quem as recebe conta em casa como ele tem prestígio.
Palmas da puxa-sacos
São as mais calorosas que existem. Geralmente, são acompanhadas a posteriori de abraços igualmente calorosos. Preliminares: tapinhas nas costas. De alguns anos para cá, podem ser acrescidas de beijos nas bochechas.
Palmas de velório
São sinceras e até comoventes, mas o objeto delas nãos as ouve. O som se propaga muito mal no caixão. Ainda mais debaixo da terra.
Palmas ô, de casa
Eram muito usadas no tempo em que não havia porteiro eletrônico. Para falar com alguém que morava em casas batia-se palmas gritando “ô, de casa!”.
Palmas de dedos
Na Porto Alegre dos anos 1960, alguns bares de música ao vivo em bairros residenciais tinham que observar a lei do silêncio. Então, o encontro barulhento das duas mãos era substituído de estalar de dedos da plateia para não incomodar a vizinhança.
Palmas mudas
São aquelas que não fazem barulho, são silenciosas. A mulherada de punhos de renda gosta muito delas. Não estragam as mãos.
Palmas de teatro
Ou palmas de aquecimento. Em espetáculos em que os artistas são aplaudidos por muito tempo, a temperatura da casa (lotada) pode subir 1,5 grau Celsius se forem batidas por cinco minutos.
Guerra mundial financeira
Enquanto seu Vladimir Putin brinca de terceira guerra mundial, os Estados Unidos, os ingleses, alemães, entre outros da Europa, deflagraram a sua contra a Rússia, guerra mundial financeira. É onde mais dói. Bancos americanos estão proibidos de negociar ou financiar bancos russos e seus bilionários. O inglês Boris Johnson fez pior (ou melhor…). Congelou as contas bancárias deles.
É de duvidar que Putin e seus ministros não tivessem antecipado ou previsto essa retaliação. A questão é saber se o xadrez russo antecipou ou programou movimentos futuros de outras peças. E quais seriam as respostas.
Certo, é chato não poder sacar dinheiro do Banco 24 Horas mundial, mas esses caras têm negócios e depósitos no mundo todo, incluindo China e outros países asiáticos. Sem falar nos árabes obesos de tanto dinheiro, que costumam ir às compras no Supermercado Putin de armas de terra, mar e ar.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
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