• Os gnuzinhos

    Publicado por: • 27 dez • Publicado em: Notas

     Porto Alegre gosta que os gnus se movam para o Litoral. Deixam a cidade mais arejada, o trânsito calmo, e não há aquela pressa dos gnuzinhos sobre duas rodas, que nós chamamos de motoboys, pintando o sete nas ruas. O divertimento predileto deles é riscar e danificar retrovisores.

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  • Primeirão

    Publicado por: • 27 dez • Publicado em: Notas

    Presidente do BRDE Orlando PessutiO BRDE chega ao final de 2017 mantendo a condição de primeiro do ranking das 41 instituições credenciadas do BNDES para operações de crédito através de seus recursos na Região Sul. As informações do BNDES demonstram que o BRDE desembolsou, até o mês de novembro, mais de R$ 2 bilhões, em 4.840 operações de crédito para empreendedores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, como aponta o presidente do banco, Orlando Pessuti.

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  • O Príncipe eterno

    Publicado por: • 26 dez • Publicado em: Caso do Dia

     Quando as passagens aéreas ainda eram inacessíveis para o mortal comum, os que juntavam dinheiro e iam para a Europa ou outro continente voltavam com dúzias de slides embutidos nos tubinhos de plástico, ou batiam fotos. Quando visitavam amigos ou conhecidos, sacavam rapidamente da bolsa slides ou fotos e passavam uma hora ou mais mostrando a Torre Eiffel, por exemplo – conheço-a melhor do que muitos parisienses.

     O pior é que você tinha que dizer “que lindo!”, “nossa!” ou a moda de hoje “uau!”, repe

    tido por 11 entre 10 norte-americanas quando entram numa casa ou cozinha bonita. Então me assomou uma passagem do livro O Leopardo, de Tomasi Di Lampedusa, em que o Príncipe de Falconeri diz tudo tem que mudar para continuar a mesma coisa.

     Pois mudou para não mudar. Os slides de então hoje são as fotos e imagens que você recebe às mapas pelo whats e querem que você ache graça de todas.

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  • Questão de proporção

    Publicado por: • 26 dez • Publicado em: A Vida como ela foi

     Em uma cidade com muitas praças, sempre cabe lugar para mais uma estátua. Pois foi o que aconteceu em um município gaúcho que tinha essa característica. Sabedor que só faltava uma placa de “há vagas” em uma delas, um médico que imigrou de país europeu para o Brasil resolveu homenagear a sua querida mãezinha dedicando-lhe uma portentosa obra que seria esculpida por uma sumidade neste ofício.

     Custaria muito dinheiro, coisa que o médico achava ser obrigação da comunidade financiá-la, então tratou de passar um livro-ouro, como era chamado, onde as pessoas doavam um determinado valor. Ou seja, uma vaquinha com valor mínimo. Ocorre que o bom doutor era conhecido por não cobrar dos pobres, e como obstetra tinha sido parteiro de centenas e até milhares de moradores.

     Numerário garantido, o esculápio contratou o artista, um italiano, para criar a “Homenagem à Mãe” do doutor. A ideia que passou ao autor era o de uma mulher com a metade superior do corpo inclinada para a frente, carregando nos braços uma criança. Só que o italiano errou na proporção. Além da mulher parecer claramente obesa, a derrière, a retaguarda era mais proeminente que corcova de camelo. Mas ela foi posta na praça mesmo assim.

     Por isso que a população passou a chamar a obra de arte não de Homenagem à Mãe mas de “Homenagem à Bunda da Mãe”.

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  • Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele.

    • Charles de Gaulle •