• Diário de uma Vida Nova

    Publicado por: • 6 abr • Publicado em: Caso do Dia

    A Múmia

    Uma das minhas maiores preocupações, quando me internei para fazer a cirurgia no hospital São Francisco da Santa Casa, era o tamanho do buraco que iriam escavar no meu abdômen. Na realidade, não era bem o tamanho, mas a largura do bicho.

    A gente sabe que os costureiros de hoje em dia fazem milagres e os pontos (24) não se rompem como antigamente. Só que, por cima dessa autoestrada, obviamente vai um curativo, e bem grudadinho para evitar que os pontos se rompam ao menor espirro ou até a uma ameaça. Na minha fantasia, calculei que iriam me enfaixar tanto que eu pareceria uma múmia.

    Bem, se assim fosse, pelo menos, da mesma qualidade que a da usada no Faraó Tutancâmon. Não foi nada disso. Foi apenas uma faixa, como direi, uma espécie de ciclovia e não uma via expressa de seis pistas. Menos mal.

    Desafio

    Mandei um whats ao Usain Bolt, desafiando-o para um mano a mano de 100 metros rasos, mesmo com o estado em que estou. Ele nada respondeu, o covarde. Não duvido que responda daqui a meio ano, dizendo que caiu o sistema.

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  • A loira do Chevette

    Publicado por: • 6 abr • Publicado em: A Vida como ela foi

    Tem o caso de um garanhão porto-alegrense e da loira, ocorrido no antigo bar do Hotel Plaza Porto Alegre, o Plazinha. Mas nem só de loiras mulheres, há casos. Em meados dos anos 70, quando os travestis começaram a atuar nas ruas da capital, havia um famoso que ficava no entorno da praça Otávio Rocha. Buscava clientes com um Chevette, principalmente à noite.

    Visualmente falando, dava uma boa enganada, mas só à primeira vista. Três segundos bastavam para se ter certeza de que era um homem. Na época, os jornais se escandalizavam com esta invasão e os “malefícios” que causavam à tradicional família pampeana. E dê-lhe editorial e matéria denunciando a sem-vergonhice.

    Menos na falecida Folha da Manhã, que achava um direito de travesti se virar, igual a prostituta. Daí que a loira do Chevette ficou amiga do pessoal da redação da Folhinha. Como sabia poucas e boas do que acontecia na noite e nas delegacias, virou fonte preciosa de informações.

    – Vocês não se enganem – dizia para a turma – a maioria dos clientes que me procuram não é para que eu desempenhe o papel de mulher. Mas de homem mesmo.

    Isso acontece ainda hoje. Vide a rua São Carlos, paralela à avenida Farrapos. É incrível que cidadãos respeitáveis parem e façam programa com os travestis. Alguns em petição de miséria. E drogados. Pelo visto, e os depoimentos das loiras ou morenas – com ou sem Chevette – abundam: o lado feminino dos gaúchos é muito forte.

    Sobretudo depois de umas biritas. Aí sempre cabe a desculpa “eu estava bêbado, me enganei”. Conversa.

     

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  • O pior mal é aquele ao qual nos acostumamos.

    • Jean-Paul Sartre •

  • Notas

    Publicado por: • 6 abr • Publicado em: Notas

    Briga de guri

    O piloto de helicóptero Rick Severo, que mora em San Diego, na Califórnia, diz que curtiu muito o A Vida Como Ela Foi em que comparei minhas brigas de guri com a mais nova de Donald Trump ao impor sanções econômicas à China.

    Fernando Albrecht

     

    Prisão

    O que vou dizer da prisão de Lula? Salvo que ele não será preso. Mesmo assim, deve ter sido um barulhão o feito pela ficha que caiu, dele e do seu Estado Maior. No Brasil, nunca chegamos aos finalmente. Apenas aos entretanto, não sem muitos porém.

    Drama

    Com ou sem Lula no xadrez, o drama do PT é de bom tamanho no que diz respeito ao candidato do partido para a eleição deste ano. Não há um nome nem sequer remotamente com a popularidade de Lula. Talvez seja o caso de fazer uma chapa com o PMDB. Da outra vez deu certo.

    Jornalistas & Cia

    O site Jornalistas & Cia publicou matéria sobre o Diário de Uma Vida Nova. Acesse aqui.

    Fernando Albrecht no site Jornalistas & Cia

     

     

    Foto: João Mattos 

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  • Diário de uma Vida Nova

    Publicado por: • 5 abr • Publicado em: Caso do Dia

    Reinava a calma nas dependências da Fundação Fernando Albrecht quando o celular tocou, cerca de 20h30min de ontem. Era o cirurgião Daniel Azambuja dando as últimas sobre a questão de eu ter de fazer ou não quimioterapia:

    – Os exames deram que estás no limite entre fazer e não fazer quimioterapia. Vamos ter de realizar exames complementares da biópsia para esclarecer a situação. Mas quero te dizer que há boas chances de que não seja necessário o procedimento.

    Se a paz já reinava na sede da FFA, com esta notícia, a paz deu lugar a uma discreta alegria. Porque só o exame do núcleo da célula é que vai colocar um final feliz ou não. Mas eu tenho tido muita sorte nos últimos dias, então, vou botar umas fichas de que o resultado me será favorável.

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