Pacientes impacientes 

9 fev • NotasNenhum comentário em Pacientes impacientes 

 Não chega a ser novidade a especialização cada vez maior das profissionais do sexo. Sem querer fazer trocadilho, mas já fazendo, são muitos os  nichos de mercado a explorar. Nos anos 1990, um médico ortopedista me contou que, no hospital onde ele trabalhava, e dos grandes, observou garotas de programa fazendo sexo com pacientes engessados. Na maioria das vezes, já estavam há um bom tempo nesta situação.

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Nos tempos em que de cada cinco carros um era Fusca – ou Fuca, como se falava na época – garotos e garotas desenvolveram técnicas para fazer sexo dentro daquele ovo motorizado, uma para cada variação sexual. Era surpreendente como o corpo humano podia de modificar e a espinha dobrar. Preciso confessar que as técnicas mais aprimoradas eram as das garotas. Que não eram de programa.

O xispa

Naqueles tempos, uma das “malandragens” de donos de  carros próprios ou emprestados pelo papá, consistia em desfilar nas ruas com o carona colando a bunda no parabrisa. Sem calças, bem entendido. Imaginem o espanto de homens e mulheres ao ver essa estranha cena, apelidada de xispa pelos praticantes.

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O cérebro dessas respeitáveis pessoas levavam algum tempo para processar a informação. Quando isso acontecia, a revelação, o bundudo já estava longe. Não foi só em Porto Alegre, foi moda nacional.

Atentado

Os jornais eram tão pudicos naquela época que nem mesmo registravam essas molecagens. Bunda era palavra nunca escrita, ainda mais colada do para-brisa. De vez em quando falavam em atentado ao pudor, deixando o leitor imaginando que diabo de atentado era esse. Quando homens mostravam a genitália, era atentado violento ao pudor.

A falta que eles faziam

Quando a Polícia flagrava casais escondidinhos em lugares públicos praticando parte – ou o todo – do combate de Eros, o deus da luxúria, o registro da ocorrência nunca usava termos cabeludos, literalmente falando. Eram meros “atos libidinosos”. Claro, quando alguém convidava a(o) namorada(o) para uma transa jamais dizia “Vamos fazer um ato libidinoso por aí?”

Nota técnica

É preciso entender que naqueles anos 1960 só existiam dois ou três motéis em Porto Alegre. E moças de fino trato jamais entrariam neles. Por medo ou vergonha. Foi uma década terrível.

O que é o estudo

Já existem no mercado porto-alegrenses  mulheres especializadas em causas perdidas – atendem homens idosos. Pelos relatos, na saída do programa eles dizem que foi causa achada.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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