Olho vivo…

29 ago • NotasNenhum comentário em Olho vivo…

…e pé ligeiro, dizia-se antigamente. Nesta terça, faço a segunda cirurgia de catarata. Desta vez, no olho esquerdo.

Se tudo der certo, na quarta-feira vou enxergar com os dois olhos, e sem óculos graças às mãos habilidosas do doutor Rubens Gurski. O que posso dizer é que o chato é o pré- e o pós-operatório.

Não que sinta dor ou incômodo, mas precisa pingar colírio, por semanas, várias vezes por dia. Afora isso, só o estresse na hora do laser entrar em ação. Dor zero.

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Quando tirei a bandagem  do olho esquerdo, vi um espetáculo de luz à minha frente. Minha mãe! Como tudo voltou a ficar bonito e cheio de cores. Quando enxergar com os dois, verei no todo como o mundo é bonito por fora.

A primeira impressão é que as pessoas são mais velhas do que aparentam, ou pelo menos antes da cirurgia. Todo mundo tinha pele lisinha. Nossa, como a pele tem furinhos! Quando olhei para meu joelho pensei que estava vendo uma sanfona, pele mais dobrada que espinha de  político.

O milagre oftálmico

Não tem como não se admirar dos avanços da medicina, ainda mais para quem já tem certa idade. Nunca imaginei – nem eu, nem o mundo – que catarata poderia ser operada por laser, sigla que desdobrado significa Light amplification by stimulated emission of radiation. Quando mais novo, quem a tinha estava condenado a perder a visão gradativamente. Até tudo à sua volta se transformar em um borrão cinza.

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As cercas puladas

A psicóloga francesa Maryse Vaillant assumiu o papel de advogada do diabo para analisar a relação dos homens com a fidelidade. Estudou casos de pacientes que fossem exemplos de fidelidade e infidelidade extremas para, desta forma, traçar diferentes perfis de homens. Isso feito, lançou o livro “Os homens, o amor e a fidelidade” (Best Seller).

A autora chegou a categorias como o monogâmico mentiroso, o monogâmico infiel, o monogâmico cativo, o monogâmico perdido, o poligâmico ansioso, o poligâmico infiel, o poligâmico indeciso, o poligâmico fiel e o poligâmico resolvido. Tudo isso para definir o que o povo simplesmente chama de pulador de cerca. Maryse agora precisaria classificar as cercas.

O sumiço da grana

Sentados lado a lado em banquetas de uma lancheria, dois homens molhavam as palavras com um cafezinho.

– Olha, tem uma coisa que eu não entendo. Estou num miserê danado e só vejo carro zero nas ruas e anúncios de prédios de luxo. De onde vem o dinheiro?

-Sei lá.

Olharam para mim.

– Se souberem de onde sai me avisem.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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