Oigaletê, tchê!

25 jan • NotasNenhum comentário em Oigaletê, tchê!

Pois o Brasil e a Argentina vão criar uma moeda única para transações comerciais, eis que os cofres dos dólares do companheiro Alberto Fernández estão mais rasos que tampinha de garrafa, e o país pobre como rato de igreja, Nosso ínclito presidente, sabedor das agruras dos hermanos, entendeu que era preciso dar uma força aos companheiros. Não sei se terá um nome essa moeda, ou se será apenas um mecanismo contábil. Poderia ser Gaucho, pronunciado como Gautcho.

O Pila

Pensei em dar minha modesta contribuição sugerindo o Pila, coisa tão nossa, que vem do tempo de Raul Pilla, líder do Partido Libertador, o melhor que este país já teve. Mas, depois, lembrei da bronca dos separatistas dos anos 1970 e 1980.

O nascimento de uma nação

Naqueles tempos, como dizia Jesus, uma dúzia de grupos queria criar o que para eles seria a República do Pampa. Com ou sem Santa Catarina, com ou sem Paraná e Santa Catarina. Mas, definitivamente, sem o Nordeste.

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Eles se reuniram  uma vez por mês no Restaurante Dona Maria, no Centro Histórico de Porto Alegre. Houve cizânia porque os puristas, só o Rio Grande do Sul, não queriam nada com o vizinho. Os defensores desse país lembraram da beleza das praias catarinenses, mas não houve jeito. A República do Pampa nem  nasceu e já estava rachada.

O Guasca de fora

Certo dia, sugeri para os grupos que almoçavam em mesas separadas, em que se via a versão da bandeira nacional de cada proposta, que pensassem numa moeda com nome mais de acordo com nossas tradições. Pensei em Guasca, melhor que Pila e mais sonoro que Gaúcho.

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Eles até chegaram a estudar, mas entornou o caldo quando disse – ah, essa minha boca imprudente! – que teríamos o Guasca de fora. Mas o que é isso com essa sugestão pornográfica, trovejou um.

Humildemente recolhi o Guasca de fora e botei o Guasca dentro.

El Niño

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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