O relógio do analfabetismo

28 nov • NotasNenhum comentário em O relógio do analfabetismo

Já estou careca (mais ainda) de comentar a espantosa aceleração da patetice de boa parte dos brasileiros, incluindo os que ainda nem entraram no mercado de trabalho. Entre os exemplos que citei que comprovam essa falha da qual nos envergonhamos, está a cultura de não fazer cálculos aritméticos simples sem o auxílio de calculadora. A falha é comum nos caixas de supermercados e outros estabelecimentos que lidam com grande fluxo de pessoas.

https://promo.banrisul.com.br/bdg/link/consignado.html?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=p_blog&utm_campaign=consignado&utm_content=escala_600x90px

Em pagamentos com dinheiro não adiante facilitar o troco, o cérebro não consegue processar como algo pode ajudar a transação dando mais dinheiro para devolver menos. Tabuada, então, nem falar.

Experimente fazer o teste com um número final redondo, pergunte à gurizada quanto é 8 x 5. Claro que não são todos. Mas é alarmante o número de jovens que não sabe fazer esse simples cálculo que, em tempos mais antigos, uma criança de 8 anos sabia fazer.

https://cnabrasil.org.br/senar

Ontem ouvi uma de rachar o queixo ao bater no chão. O dono de uma lancheria na volta do Mercado Público contou que, ao entrevistar um candidato a atendente, mostrou o relógio de parede analógico, daqueles com as horas e ponteiros grandes.

Ele apontou o dedo e disse a ele que deveria entrar nesse horário. Para seu espanto, o candidato disse que não sabia ver as horas em relógio analógico com ponteiros, só os digitais.

O que impressiona é a velocidade com que essa patetice vem se instalando no Brasil.  

Fotofofoca

Até os anos 1960 esse tipo de humor era chamado de fotofofoca.  Essa moda  deveria voltar.

Pior que é

Frase do empresário Jayme Sirotsky sobre o jornalismo digital: “Por um lado é maravilhoso, por outro lado é tenebroso”. Os jornais impressos que o digam.

Volta, Americanas

Algumas redes de varejo que estão em dificuldades estão quebrando, outras são tão grandes que fazem de tudo para atirar uma boia de salvação tipo pneu de carreta de tão grande. Caso da Americanas, que está apta para receber aporte de R$ 24 bilhões para voltar a ser gente de respeito.

Eu sou um dos que torcem para que ela volte. Não que fosse um grande cliente. Mas na hora de comprar um presente de última hora sempre ia a uma delas. Por enquanto, dá tristeza ver os remanescentes com meia dúzia de produtos.

Mal na parada

A Sondagem Industrial do RS de outubro, divulgada pela Federação das Indústrias do RS (FIERGS), mostra que o setor continua a enfrentar grandes dificuldades. Apesar de os empresários gaúchos descreverem um quadro de aumento da produção, há um impacto negativo com queda do emprego, crescimento da ociosidade e excesso de estoques. “É um sinal bastante desfavorável para a indústria gaúcha nos próximos meses”, diz o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »