O que dizer…
Fotos: Rodrigo Ziebell
Na época em que fui repórter policial, a SSP ficava no mesmo prédio onde até hoje está a sede da Polícia Civil, o Palácio da Polícia, avenida Ipiranga com a João Pessoa. Lembro bem que, ao entrar no prédio pela primeira vez, estranhei o “Palácio”, eis que abrigava o xadrez da Delegacia de Furtos e Roubos. Estranho palácio esse, com celas superlotadas cheias de baratas e o ir e vir de indivíduos algemados.
Do xadrez só se saía em definitivo para o famoso Porão da 8a. DP, na Protásio Alves, ou para o Presídio Central. No primeiro caso, o interrogatório dos suspeitos de sempre não estava terminado, então “dormiam” lá para voltar ao Palácio na manhã seguinte.
Motivo: se fossem levados ao Presídio a jurisdição era outra, e para voltar à Delegacia havia um cipoal burocrático tão demorado que perigava o crime prescrever antes de novo interrogatório.
Estou convicto de que a burocracia foi criada pelo diabo para facilitar a vida dos filhotes. E tamanho é seu poder que nem mesmo o Patrão Velho lá de riba tentou terminar com excessos burocráticos. Ou por acaso alguém conhece o santo padroeiro que termina com ela?
Não vale Nossa Senhora Desatadora de Nós, pois aí é outro tipo de nó.
Quem manda no pedaço
Se o presidente Bolsonaro entrasse em licença – ele não precisa – até amanhã, o vice Hamilton Mourão não assumiria porque está viajando. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o terceiro na ordem também não porque sofre processos no STF. Assumiria o presidente do Senado, seu Pacheco.
Se os demais da fileira também fossem impedidos por um motivo ou outro, seria a vez do oitavo carregador de moringa do safári.
Mania bem brasileira essa do vice assumir por qualquer viagenzinha do titular. Vejam outros países, como os EUA. Daqui não saio, daqui ninguém me tira, salvo morte, doença incapacitante ou impeachment.
Grandes negócios
A Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A. anuncia que seu Conselho de Administração aprovou a nomeação de Fabio Hironaka Bicudo, Fernando Fontes Iunes e Renata Bartoli de Noronha Soares como membros do Comitê Especial Independente constituído para a reorganização societária, que envolverá a incorporação das ações da Companhia pela Jereissati Participações S.A.
Esse é o tipo do negócio que é chamado de reorganização de cachorro grande.