O passado será assustador

20 abr • NotasNenhum comentário em O passado será assustador

Quando e se soubermos de onde realmente viemos e como sua revelação impactará o futuro pode não não ser agradável. Mesma coisa com a possibilidade de contato com civilizações alienígenas. Quem é que garante que os homenzinhos verdes simpáticos da nossa imaginação trarão paz e amor?

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Quando os europeus chegaram nas Américas trouxeram doenças, malvadezas, torturas e desolação aos povos que os imaginaram deuses do bem.

A ordem dos fatores…

…pode alterar o produto, sim senhor. Consideram este título de nota de jornal:

“Queda nas internações se mantém, mas em desaceleração”.

Parece ruim, não é mesmo? Agora vamos inverter a ordem.

“Mesmo com desaceleração, as internações seguem em queda”

Parece bem melhor, certo?

O caso da bebida

Há anos criei um exemplo de como a ordem muda todo o sentido. Antes de contratar um executivo, empresário consulta amigo que conhece o cara. Pergunta como ele é.

– Ele é muito bom, mas bebe.

Sem chance de contratação. Agora vamos à inversão.

– Ele bebe, mas é muito bom.

Boa chance de ser contratado, certo?

A falta que ele faz

Nos anos 1990, o jornalismo brasileiro passou a ter a figura do ombudsman, um profissional especialmente contratado para criticar as matérias do jornal. E estas observações eram obrigatoriamente publicadas no próprio veículo. Era comum em poderosos rotativos de todo o mundo. O pioneiro no  Brasil foi a Folha de S.Paulo. No Rio Grande do Sul, ninguém se arriscou a ter um, pelo menos desta forma. Faz uma falta tremenda nos dias que correm.

Quem está fora não entra…

…que  está dentro não sai, como no samba A Gafieira, de Billy Blanco. Quem vê de fora geralmente vê melhor. Em juízo crítico, os de dentro não funcionam. É como alguém que nunca saiu do apartamento analisar o prédio do lado de fora.

Como os jornalões estão todos ideologicamente engajados, hoje, o ombudsman só poderia analisar questões puramente técnicas. E olhe lá.

Estrela matutina

Aqui é acolá surgem tênues mas repetidos indícios a indicar alguma preferência ou, no mínimo, simpatia pela candidatura de Luciano Huck no meio empresarial para 2022, talvez como Plano B. Olhando com olhos de ver de perto, está em curso uma bem urdida estratégia eleitoral, que incluiu sua foto das latas de Guaraná Antárctica.

Baile de cobra

O problema de Huck não será grana, isso ele tem de sobra e seguramente será grande o aporte de recursos dos apoiadores. O pepino maior é ele não ter intimidade com a politica partidária, a experiência de imersão nesse mundo estranho e traiçoeiro. Se eleito for, descobrirá que presidente brasileiro pode pouco. Sem experiência em baile de cobras e sem ter soro antiofídico, morrerá na praia.

Sem falar que terá que dividir a cadeira presidencial com o Supremo Tribunal Federal. Que ultimamente dá sinais que quer sentar nela sozinho.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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