O passado móvel

26 maio • NotasNenhum comentário em O passado móvel

Alguém já disse que, no Brasil, até o passado é incerto. Mas, neste mar de incertezas que nos cerca, podemos ter tantas certezas quanto qualquer país desenvolvido. A CPI da vacina, por exemplo, estejam certos que depois do barulho final tudo ficará na dúvida, salvo alguns bois de piranha devorados.

Também podem estar certos que alguns senadores que compõem o corpo investigatório, sendo eles próprios investigados por denúncias outras, seguirão sem condenações e, se vierem, existem quase 40 recursos jurídicos disponíveis para levar na maciota para além do juízo final.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_conteudo_detalhe2.aspx?secao_id=3141&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=cdc_sustentabilidade&utm_content=centro_600x90px

E quando e se ele vier, alguém entrará com liminar para suspendê-lo.

A era da incerteza

É nome de um livro escrito pelo economista e filósofo John Keneth Galbraith, em que o autor analisa as certezas do século XX. Todos tinham suas convicções que, ao fim e ao cabo, revelaram-se destrutíveis. Quando vejo alguém mais novo cheio de convicções cristalizadas, digo que ele é muito jovem para tê-las.

Doce pássaro da ilusão

À medida que os anos avançam, as certezas da juventude se transformam em desilusões e estas se transformam em certezas.

A dúvida quase certeza

Laboratórios já estão admitindo que pode haver uma terceira dose por conta da descoberta que, em determinadas faixas etárias, a imunização é baixa. De forma que tenho quase certeza que teremos que nos vacinar anualmente contra a Covid, tal qual a vacina da gripe.

Como diria um vírus da cepa indiana, sai da frente porque atrás vem gente.

Parágrafo único: a não ser que surja um medicamento porreta.

Só que…

… isso é incerto, porque vacina dá muito mais dinheiro.

Conclusão

O  Brasil é um país tão incerto que pois sim quer dizer não e pois não significa sim.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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