O mistério da areia branca
A primeira vez que fui para Tramandaí, litoral do RS, foi justamente em 1950. Data aproximadamente desta bela imagem compartilhada por Valesca Petersen.
O que me recordo, antes mesmo de entrar na cidade, foi o cheiro da maresia. O segundo cheiro marcante foi das tendas de vime, sacolas, esteiras etc.
A terceira lembrança do meu olfato foi peixe, casquinha de siri. As minhas papilas gustativas bateram palmas para o sorvete, na época, chamado americano, das máquinas que até hoje se observam nas cidades. Poucas opções de sabores, creme e chocolate e creme e morango.
A gurizada nativa vendia casquinhas – vazias – mandolate e puxa-puxa de melado fervido e engrossado. Tudo com cheiro e sabor que não há mais.
Mas há um mistério que não resolvi até hoje: as areias brancas. Na minha memória consta que elas eram muito brancas. Mas quando adulto elas tinham cor de…areia, como se décadas e décadas de poluição as tivessem sujado definitivamente.
Eis o mistério que nunca resolvi. Mudaram as areias ou mudei eu?