13 set • Caso do Dia • Nenhum comentário em O meu amigo
O nome dele era Thor, 10 anos. Nascido de aristocrática família Dobermann, era meigo com a família e amigos, mas osso duro de roer quando sentia uma ameaça no ar, mesmo que latente.
Meu amigo viveu cercado de carinho e afeição e morreu dormindo. Foi enterrado junto à mais antiga árvore do terreno, onde estão outros companheiros dele, que se foram ao longo do tempo. Há gatos também, e, agora, dei-me conta de que Thor e os bichanos sempre se deram bem.
Nem sempre eu podia visitá-lo, afinal ele morava longe.
Mesmo depois de muito tempo, quando me via, erguia a pata em sinal de respeito, deitava a cabeça nos meus joelhos e pedia cócegas no pescoço e nas laterais da cabeça. Quando eu parava, ele pegava minha mão com aquela bocarra como recado “ainda não patrão, ficamos muito tempo sem nos ver e estou com saudades”.
Eu também, amigão, eu também. Para sempre.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
AlegreteamigoantigaárvoreblogBrasilcachorroColunistacompanheiroscotidianodormindoFernando AlbrechtJornalistamorreuPorto AlegreRio Grande do SulThor
« Fritada de miolos Empreender é genético? É inato? »